Indicadores cienciométricos são úteis para dimensionar a produtividade acadêmica e seu impacto temporo-espacial. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento retrospectivo sobre pesquisas odontológicas brasileiras com biomateriais para regeneração óssea guiada. Resumos temáticos originais foram recuperados nos anais da SBPqO das últimas quatro décadas, perfazendo uma amostra de 1310 trabalhos, distribuídos nas categorias de aplicação, origem e composição do biomaterial, tipo de estudo, regionalidade e financiamento. A quantidade de pesquisas cresceu significativamente a partir da década de 1990 e se manteve estável até a década de 2010. Foi evidente a prevalência de pesquisa in vivo sobre clínica, estrutural e in vitro e a diminuição de outras formas de aplicação alternada com o incremento de enxerto ósseo, membrana e hemoderivado. A origem autógena foi a maior na década de 1980, xenógena nas décadas de 1990 e 2000 e aloplástica na década de 2010. Embora compósitos fossem mais prevalentes ao longo de todo o período estudado, a partir da década de 1990 polímeros foram mais frequentes do que cerâmicas e biovidros. A região Sudeste liderou pesquisas e fomentos ao longo de todas as décadas analisadas, apesar das regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste crescerem significativamente na temática e a região Norte não exibir produção. O estudo do escopo de biomateriais para a regeneração óssea guiada indica sua gradativa evolução técnico-científica e reforça sua relevância histórica para a pesquisa odontológica brasileira.
O rastreamento por citologia esfoliativa de genotoxicidade é uma estratégia importante para mitigação da carcinogênese bucal induzida pelo tabaco. O objetivo deste estudo foi determinar a frequência de micronúcleos em células epiteliais orais de pacientes fumantes e não fumantes. Dezesseis voluntários, de ambos os sexos, 40-60 anos, com mucosa bucal saudável, foram divididos em grupo fumante ou não fumante. Esfregaços citológicos de mucosa jugal, borda lateral da língua e assoalho da boca corados por Papanicolaou permitiram avaliação de 4800 imagens microscópicas. Frequências de células micronucleadas (CMN) e micronúcleos/célula (MN/C) foram comparadas por grupo, região anatômica, sexo e idade, usando o teste two-way ANOVA seguido por Tukey (p<0,05). Houve maior presença de CMN no grupo fumante do que não fumante, com diferenças significativas para assoalho de boca, sexo feminino e faixa de 50-60 anos. A quantidade de 1 ou 2 MN/C foi maior que 3 ou ≥4 MN/C, em especial no grupo fumante. Houve diferenças na frequência de MN/C entre fumantes e não fumantes, para as três regiões bucais, para ambos os sexos, embora de forma mais acentuada em mulheres, e para a faixa de 50-60 anos, além da faixa de 40-50 anos para o grupo não fumante. Diferenças de CMN e MN/C segundo regiões bucais, sexo e idade entre fumantes e não fumantes contribuem para compreender a genotoxicidade mediada pelo tabaco.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.