RESUMO -O jaracatiá (Carica quercifolia (A. St.-Hil.) Hieron) pertence à família Caricaceae e ao gênero Vasconcellea, o qual possui 21 espécies. O foco do presente estudo é a caracterização da sua mucilagem, pois poucos são os dados encontrados e a partir destes vislumbrar possíveis aplicações, corroborando com a preservação da espécie e o aproveitamento de novas fontes vegetais. Foi determinada a composição química, incluindo análises dos grupos funcionais, da estrutura do sólido e o comportamento térmico. A mucilagem de jaracatiá liofilizada apresentou 2,9% de umidade, 9,8% de cinzas, 15,8% de fibra alimentar, 36,4% de carboidratos totais, 16% de açúcares redutores, 3,5% de lipídeos e 15,6% de proteínas. A atividade antioxidante foi de 26,6 % DPPH sequestrado e o teor de fenólicos de 173,2 mg/L EAG. Os principais grupos funcionais observados no FTIR foram O-H, C-H, C=O e C-O. Em relação à TGA/DTG a mucilagem demonstrou maior perda de massa, cerca de 50%, à temperatura média de 300 ºC. A curva de estabilidade térmica por DSC mostrou que acima de 300 °C ocorre a degradação do material. A mucilagem de jaracatiá liofilizada apresentou características de um material semicristalino. INTRODUÇÃOOs gêneros Carica (uma espécie), Horovitzia (uma espécie), Jacaratia (sete espécies), Jarilla (três espécies) e Vasconcellea (21 espécies) são originários do continente americano, enquanto o gênero Cylicomorpha (duas espécies) pertence ao continente africano ( VAN DROOGENBROECK et al., 2004), no entanto todos pertencem à família Caricaceae. Outros nomes utilizado para identificar a Carica quercifolia (A. St.-Hil.) Hieron são Vasconcellea quercifolia A. St.-Hil. e Carica quercifolia Solms-Laub. (COLOMBO et al., 1989), e os nomes populares pelos quais é conhecida são jaracatiá, jacaratiá, mamute, mamão-do-mato, mamoeiro-do-mato, mamãozinho-do-mato, mamãozinho, mamoeirinho e mamoeiro-bravo (KINUPP, 2007).Essa espécie, no entanto, está em risco de extinção em virtude, provavelmente, do fato de a indústria de doces caseiros usar partes do seu caule em substituição à polpa do fruto de coco. Hoje, o jaracatiá é encontrado nas fazendas tradicionais, onde a vegetação nativa foi preservada, Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 1
RESUMO -O setor têxtil tem descartado compostos orgânicos em grandes quantidades no meio ambiente alterando o equilíbrio natural e acarretando ameaças aos ecossistemas. A remoção de corantes em efluentes industriais tem recebido enorme atenção nos últimos anos, e a adsorção é uma das técnicas empregadas com sucesso remoção de pigmentos. Devido ao alto custo de alguns adsorventes convencionais, bioadsorventes de baixo custo têm sido usados. Neste trabalho foi utilizado o talo da mandioca (Manihot esculenta Crantz), resíduo da indústria agroalimentícia, como biossorvente para a remoção dos corantes verde malaquita e azul de metileno em solução aquosa através do processo em batelada. Foram estudados os efeitos da temperatura, tempo de contato, concentração inicial do corante e tamanho de partícula na capacidade de adsorção do biomaterial. O biossorvente foi caracterizado através de FTIR, pH PCZ e MEV. Os resultados cinéticos foram bem descritos pelo modelo de pseudo-segunda ordem e as isotermas pelo modelo de Freundlich. Conclui-se deste trabalho que o caule de mandioca é um adsorvente viável, com boa capacidade de adsorção para ambos os corantes estudados. 1.INTRODUÇÃOO crescimento do setor têxtil tem trazido muitos benefícios à população. Entretanto, os compostos orgânicos que são sintetizados e continuamente introduzidos em quantidades significativas no meio ambiente, podem afetar o equilíbrio natural e ameaçar os ecossistemas (Kolpin et al., 2002).Os efluentes têxteis caracterizam-se por serem altamente coloridos devido à presença de corantes que não se fixam nas fibras durante o processo de tingimento. Os corantes são moléculas orgânicas altamente estruturadas e de difícil degradação biológica. Sua concentração é menor do que muitos outros produtos químicos encontrados nos efluentes, mas sua cor é visível até em baixas concentrações (Sarasa et al., 1998).No Brasil, os caules e partes aéreas da mandioca (Manihot esculenta Crantz) que não são aproveitados como ração animal e na alimentação humana,são considerados resíduos, Área temática: Engenharia das Separações e Termodinâmica 1
RESUMO -A mucilagem é composta quimicamente por água, pectinas, açúcares e ácidos orgânicos, tornando-se viscosa na presença de água. O objetivo deste estudo foi a reticulação da mucilagem de jaracatiá (Carica quercifolia (A. St.-Hil.) Hieron) precipitada, a qual é composta por polissacarídeos naturais, para uso como adsorvente de proteínas, aproveitando assim os produtos da biodiversidade brasileira. Após a extração e precipitação com etanol, a mucilagem foi reticulada com epicloridrina. O rendimento da mucilagem de jaracatiá precipitada e da reticulação, os grupos funcionais antes e após a reticulação e a capacidade de adsorção do reticulado utilizando papaína foram avaliados. O rendimento da mucilagem precipitada em relação a massa de polpa do fruto foi de 1-1,5% e, após a reticulação o rendimento ficou em torno de 20% de mucilagem reticulada em relação à massa inicial de mucilagem precipitada. Os espectros FTIR mostraram que houveram mudanças nas bandas características com a reticulação. A capacidade da adsorção de papaína mostrou-se satisfatória, em torno de 50%.
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