Com o objetivo de avaliar tecnologias e práticas mais sustentáveis para a área de pavimentação, estudou-se o comportamento de misturas asfálticas recicladas mornas, utilizando ligantes convencional CAP 50/70 e modificado por polímero CAM 60/85-E. Foram ensaiadas quatro misturas asfálticas por ligante: convencional à quente, morna (sem RAP) e morna com 25% e 50% de RAP (em substituição à massa total de agregados virgens). As amostras foram dosadas pela metodologia Superpave e avaliadas quanto às propriedades de resistência, deformabilidade, adesão e coesão. As misturas mornas e convencionais apresentaram comportamento equivalente e o uso de ligante modificado elevou o desempenho das amostras. Houve uma melhora significativa nas propriedades das misturas com o uso de RAP, ressaltando-se o expressivo aumento de Flow Number e os resultados positivos de adesão e coesão, provavelmente, em decorrência do RAP apresentar ligante residual modificado com polímero.
São diversas as técnicas utilizadas para obtenção do ligante de misturas asfálticas, sejam produzidas em laboratório, usina, ou envelhecidas, provenientes da fresagem dos revestimentos (RAP). Além do controle tecnológico, os procedimentos visam recuperar da maneira mais íntegra possível esse material, a fim de caracterizá-lo e avaliar suas propriedades. Há, ainda, divergências entre pesquisadores quanto às variações das características intrínsecas do ligante asfáltico, após passar por procedimentos de extração e recuperação (ER). O presente artigo abordou as distintas técnicas de extração de ligantes, bem como de recuperação, usualmente empregadas. E discutiu como os procedimentos e os tipos de solventes podem afetar as propriedades químicas, físicas e reológicas de ligantes asfálticos recuperados. Constatou-se que o brometo de n-propila (BnP) e o blend de solventes clorados são alternativas mais vantajosas dentre os solventes avaliados, juntamente com as extrações automatizadas (recuperação de ligante) e por ignição (definição de teor), e da recuperação pelo rotavapor.
RESUMO No país, são dois os mais recorrentes defeitos encontrados nas rodovias: deformação permanente e trincamento por fadiga. Dentre as mais variadas causas, a formação e propagação de trincas no revestimento asfáltico ocorrem em consequência das repetidas solicitações do tráfego que, com o tempo, reduzirão drasticamente a vida de serviço do pavimento, por exemplo, facilitando a penetração de água nas camadas granulares da estrutura e acelerando sua deterioração. Além disso, os ensaios mais comumente utilizados no Brasil para avaliação e previsão de desempenho quanto à fadiga do concreto asfáltico ainda suscitam muitos questionamentos no meio técnico-científico. Assim, no contexto da caracterização avançada de misturas asfálticas, realizou-se o desenvolvimento de projetos referentes a um sistema mecânico para ensaio bem como de tratamento de dados após os testes. Trata-se do ensaio de Fadiga por Tração-Compressão Direta (Uniaxial) que possibilita avaliar e caracterizar o comportamento de misturas asfálticas quanto ao dano por fadiga. Foram realizadas adaptações de peças já existentes em outros dois centros de pesquisa para que se ajustassem à prensa hidráulica utilizada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM): a Universal Testing Machine (UTM-25). Testes foram efetuados e monitorados para certificar a compatibilidade entre as peças produzidas e a prensa hidráulica utilizada e os resultados encontrados demonstraram sucesso no caminho proposto.
À Professora Kamilla, orientadora e mestre, a quem sou grato por toda motivação e incentivo com a pesquisa. À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, pela bolsa de estudos concebida, do processo 2019/08415-1, e por promover o desenvolvimento, subsidiar e impulsionar a pesquisa científica.À Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia, FDTE, pelo fomento e auxílio dado ao laboratório e seus integrantes.À Telma Keppler e à empresa infraTest Prüftechnik GmbH, pelo treinamento e pela disponibilidade em auxiliar em todas as etapas de implementação e utilização do equipamento de extração automatizada, Asphalt Analyzer Rubber, utilizado na pesquisa. E ao Walter e à Usicity, pela disponibilização do material fresado.Ao professor Luciano Specht, quem desde a iniciação científica me incentiva, orienta e inspira como profissional e pesquisador, e que, juntamente com o colega Felipe Luzzi, disponibilizaram parte dos materiais utilizados na pesquisa.
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