Introdução: As displasias do colo uterino são precursoras do carcinoma de células escamosas. Mutações induzidas por carcinógenos correlacionam-se com alterações proliferativas. O acúmulo dessas muta ções e o descontrole da homeostase genômica permitem mudanças na expressão de determinados genes e geram desequilíbrios na proliferação celular e na apoptose. Marcadores imuno-histoquímicos de proliferação celular, de apoptose e de sobrevivência celular em lesões intraepiteliais cervicais ainda necessitam de estudo morfométricos para definir seus papéis na evolução das displasias ao carcinoma invasivo. Objetivos: Para melhor entender os processos de proliferação celular, apoptose e renovação epitelial nessas lesões, foram realizadas histomorfometria para mitose e apoptose e reações imuno-histoquímicas das proteínas Bax, Bcl-2 e Ki-67 (reatividade, localização e intensidade) em biópsias cervicais. Métodos: As amostras foram divididas em quatro grupos: 1. cervicite (n = 20); 2. displasia leve (n = 20); 3. displasia moderada (n = 20); 4. displasia acentuada (n = 20). Resultados: Foram verificadas intensa proliferação celular e apoptose nas lesões de alto grau e ampla, intensa e difusa imunomarcação para Ki-67 e Bax. Esses achados foram encontrados de maneira discreta ou nula nos grupos cervicite e displasia leve. A marcação para Bcl-2 foi mais intensa nas lesões de alto grau, tendo sido discreta nas demais. A ampla marcação imuno-histoquímica de Ki-67 e Bax é sugestiva de elevado grau de renovação celular, o qual também é sustentado pela histomorfometria. A expressão do Bcl-2 aumenta com a gravidade da displasia. Conclusão: Esses achados indicam que o processo pré-neoplásico é dinâmico, com apoptose e mitose ocorrendo concomitantemente.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.