O presente artigo apresenta estudo de concretos eco amigáveis com a substituição de cimento Portland (CP) por teores muito elevados de filer calcário (FC) em misturas binárias e ternária com cinza volante (CV) em proporções de 50 a 80%, com relações a/ag de 0,25 e otimização da granulometria por empacotamento de partículas. São apresentados resultados de resistência à compressão axial, da emissão de CO2eq, do consumo de energia e intensidade de ligante, com os quais foram calculados índices comparativos para observar o desempenho das misturas com adições minerais relacionadas ao concreto referência. Do ponto de vista da sustentabilidade, foi possível elaborar um concreto com resistência à compressão de 51,8 MPa, aos 91 dias, com 77 kgCO2.m-3 de concreto, onde 80% do CP foi substituído por 70% de FC e 10% de CV, com consumo de apenas 97 kg.m-3 de CP (87 kg.m-3 de clínquer) e 104 L.m-3 de água. O estudo mostra a obtenção de concreto estrutural com fck de até 80 MPa com emissões de CO2eq e consumo de energia muito baixos, através do emprego de elevados teores de adições minerais, e reduzido impacto ambiental.
O artigo contempla o estudo de concretos de alta resistência (CAR) com elevados teores de filer calcário (FC) com o intuito de determinar a viabilidade econômica de sua utilização em estruturas de concreto como alternativa ao uso de concreto convencional (CC). Neste sentido foi realizado um estudo comparativo em pilares estruturais utilizando CAR e CC com o objetivo de determinar a melhor alternativa econômica. Para tanto foram elaborados CAR com teores elevados de filer calcário (FC) em misturas binárias e ternária com cinza volante (CV) em proporções de 50 a 80%, com reduzido fator a/ag (0,25), através do empacotamento de partículas e da utilização de aditivo hiperplastificante, com uma trabalhabilidade de 100+20 mm e resistências à compressão variando entre 51,8 e 87,8 MPa aos 91 dias de idade. Através do estudo de viabilidade econômica foi possível determinar que o traço FC50 é a melhor alternativa, a partir de uma resistência à compressão de 87,8 MPa aos 91 dias, onde 50% do cimento Portland (CP) foi substituído por FC, com uma redução de custo, em relação ao CC, de 18,43%. Também foi possível elaborar um CAR (FC70CV10) a partir de uma resistência à compressão de 51,8 MPa aos 91 dias, onde 80% do CP foi substituído por FC e CV através de baixos teores de clínquer (87 kg.m-3) e água (104 L.m-3) apresentando uma redução no consumo de CP em relação ao CC de 85,39%. Assim, pelo estudo de viabilidade econômica, foi possível constatar uma dupla sinergia em relação à utilização de CAR com elevados teores de FC, ou seja, a diminuição do volume de concreto utilizado, bem como a redução no teor de CP.
Este artigo tem por finalidade a determinação da Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e do Custo do Ciclo de Vida (CCV), em concretos através da substituição do cimento Portland (CP) por elevados teores de filer calcário (FC) e cinza volante (CV), em teores de 50% a 80%, com o propósito de diminuir as emanações de CO2 na fabricação do CP. Foi aplicado a ACV e o CCV com a intenção de aferir a sustentabilidade dos concretos estudados com base nos impactos ambientais e no custo. O estudo demonstrou que, por ocasião da elevação da proporção de FC nas misturas, o impacto ambiental é reduzido devido a minoração da utilização de CP. O comportamento foi observado na totalidade dos índices ambientais estudados demonstrando a estreita relação entre a proporção de CP e a poluição do meio ambiente, chancelando, assim, a eficácia na utilização de elevados teores de FC. Os resultados mostraram a exequibilidade de concretos com elevados teores de FC, do ponto de vista técnico-ambiental, considerando que os resultados alcançados apontaram, de maneira inequívoca, para a excelente performance ambiental das misturas.
O trabalho versa sobra a carbonatação em concretos de alta resistência, elaborados através do emprego de filer calcário em proporções acima de 50%, objetivando a disseminação do seu uso como opção aos concretos convencionais nas estruturas. Neste sentido os concretos de alta resistência foram submetidos a carbonatação acelerada com o propósito de estudar o comportamento das misturas frente à profundidade e o coeficiente de carbonatação (kc). Desta maneira elaboraram-se concretos de alta resistência com quantidades elevadas de filer calcário utilizando-se traços binários e ternário em proporções de 50% a 70%, baixo teor a/ag (0,25), aplicação de aditivo hiperplastificante e otimização do empacotamento de partículas, resultando numa trabalhabilidade que variou entre 100+20 mm, obtendo-se, aos 91 dias, resistências à compressão que oscilaram no intervalo de 51,8 à 87,8 MPa. Quanto a carbonatação determinou-se o kc dos traços FC50 (0,22 mm.√t-1) e FC60 (1,62 mm.√t-1), sendo classificados como de elevada qualidade, neste quesito, conforme Torres et al. (2017), apresentando viabilidade de aplicação em obras com vida útil superior a 150 anos. Isto posto, o trabalho em questão procura viabilizar a consecução do concreto de alta resistência elaborado com menor emprego de cimento Portland, indicando a exequibilidade do emprego do filer calcário em quantidades acima das, usualmente, abordadas pela literatura (limite 50%).
Neste trabalho foram pesquisadas as propriedades mecânicas dos concretos de alta resistência elaborados através de significativas quantidades de fíler calcário como opção ao concreto convencional. Realizaram-se experimentos para determinar a resistência à compressão, resistência à tração, módulo de elasticidade e retração comparando-os com os parâmetros usualmente utilizados em concretos de alta resistência. Os concretos de alta resistência foram confeccionados através do empacotamento de partículas, com teores entre 50% e 60% de fíler calcário em traços binários e quaternários utilizando-se cinza de casca de arroz, cal hidratada e gesso. O teor a/ag utilizado foi 0,25, viabilizado pela adoção de um de aditivo hiperplastificante que propiciou um abatimento de 100+20 mm. Os aspectos mostrados resultaram, aos 91 dias, em resistências à compressão que variaram de 59,8 a 82,3 MPa, tipificando concretos de alta resistência. No que concerne à resistência à tração foi observada uma relação compressão diametral x axial próxima de 7%, valor este indicado para concretos de alta resistência. Os módulos de elasticidade encontrados apresentaram uma desigualdade menor que 5% quanto a FIB (2013) para esta categoria de concreto. Os valores da retração apresentaram similaridade aos da NBR 6118. Destaque especial para a combinação 50FC com resistência à compressão de 43,7, 72,6 e 82,3 MPa aos 7, 28 e 91 dias respectivamente. Através dos valores encontrados constatou-se a aplicabilidade de concretos de alta resistência com quantidades significativas de fíler calcário em estruturas de concreto armado como opção ao concreto convencional.
O artigo tem por objetivo o estudo da carbonatação em concretos com elevados teores de Filer Calcário (FC) protegidos por uma película protetora (pintura acrílica). São apresentados os resultados de resistência à compressão aos 28 e 91 dias de idade, profundidade carbonata a 3, 6, 9 e 12 semanas, bem como o coeficiente de carbonatação (kc). Os resultados demostram que a aplicação da película protetora diminui significativamente a profundidade carbonatada e consequentemente o kc. Também foi possível constatar que a medida que o teor de FC aumenta nas misturas ocorre uma minoração da resistência à compressão e uma majoração da profundidade carbonatada e kc. Debita-se a incorporação de Cinza Volante (CV), no traço FC70CV10, o desempenho insatisfatório devido, provavelmente, ao consumo da reserva alcalina advinda das reações de formação de C-S-H secundário. Conclui-se que a aplicação da película protetora aumenta significativamente a resistência à carbonatação dos concretos estudados em especial do FC70CV10P.
Devido à busca por benefícios técnicos, ambientais e econômicos, uma fração do cimento Portland (CP) é, cada vez mais, substituída por filer calcário (FC), levantando uma questão sobre, até que ponto, este material pode impactar a qualidade do concreto. O retorno proporcionado pela substituição do FC no CP deve estar relacionado com o desempenho das estruturas de concreto em longo prazo. Sendo assim, vários são os questionamentos sobre quais os teores de FC que podem ser utilizados em substituição ao CP de modo a não impactar negativamente as estruturas de concreto. Desta maneira o presente trabalho tem por objetivo a realização de uma revisão de literatura sobre a influência dos diversos teores de FC nas características do concreto. O trabalho pode auxiliar engenheiros e demais profissionais da área com informações técnicas sobre a interação do FC no concreto. Foram realizados levantamentos a respeito dos mais diversos teores de substituição de FC (2,4% a 50%), procurando verificar os efeitos físicos e químicos do material sobre a matriz cimentícia e seus reflexos sobre as propriedades do concreto no estado fresco e endurecido, bem como sua interação com a durabilidade. São apresentados, também, os benefícios ambientais advindos da utilização do FC e as perspectivas para a elaboração de concretos com altos teores de FC.
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