MENDONÇA, G. A. e S. Câncer na população feminina brasileira. Rev. Saúde Pública, 27: 68-75, 1993. Objetivou-se mostrar a importância do câncer enquanto causa de morte e morbidade para a população feminina brasileira. Foram analisados os dados das estatísticas de mortalidade do Ministério da Saúde e os disponíveis nos registros de câncer de base populacional existentes nos municípios em Belém, Fortaleza, Recife, Goiânia, São Paulo e Porto Alegre (Brasil). Em 1986 o câncer foi responsável por 15,5% dos óbitos em mulheres acima de quinze anos no Brasil. Os cânceres de mama e útero representaram quase um terço desses óbitos. A comparação internacional mostrou que os coeficientes de incidência de câncer de colo de útero em Recife e Belém foram os mais altos do mundo e os de mama em Fortaleza e São Paulo são próximos dos encontrados nas regiões de mais altas cifras como nos Estados Unidos e alguns países da Europa. São discutidos os principais fatores de risco para os cânceres mais prevalentes entre as mulheres brasileiras, guardando as diferenças culturais, sociais e geográficas, bem como os programas de controle existentes. Conclui-se que os programas, de "screening" e de diagnóstico precoce para o câncer de colo uterino tiveram coberturas muito baixas. Considerou-se que o estabelecimento de uma política assistêncial e de controle que inclua a prevenção e o diagnóstico precoce para os cânceres de colo uterino e de mama nos programas de assistência à mulher deveria ser uma das prioridades de saúde pública, no Brasil.Descritores: Neoplasias, mortalidade. Saúde da mulher. Fatores de risco. IntroduçãoO progressivo aumento das doenças crônicas e degenerativas no Brasil é evidente. As alterações demográficas por que passa a população trarão como conseqüência maior quantidade de casos de doenças crônicas dentre as quais se enquadra o câncer. O aumento da vida média, a queda da taxa de fecundidade, as modificações no estilo de vida e a maior exposição a determinados riscos ambientais são fatores que interferem diretamente no aparecimento de um maior número de neoplasias malignas.Segundo dados do Ministério da Saúde, em 1980 o câncer foi responsável por 10,1% de todas as mortes registradas no país por causa conhecida 28 . Em 1986, esse percentual foi de 11,2 em ambos os sexos, sendo que no feminino foi de 12.6% 29. Entre as mulheres com mais de 15 anos, 15,6% dos óbitos tiveram como causa básica neoplasia maligna.O câncer representou, portanto, a segunda causa de morte no país no sexo feminino, só superado pelas doenças cardiovasculares. Considerando que o câncer de mama e útero são responsáveis por quase um terço dessas mortes em todo o país, os programas de prevenção e diagnóstico precoce podem ter grande impacto neste quadro.A busca de estratégias comuns com aproveitamento dos recursos existentes voltados à assistên-cia integral à saúde da mulher é fundamental dentro de uma política de controle do câncer.O objetivo do presente trabalho é mostrar, pela análise de dados estatísticos de mortalidade, a importância do cânce...
The occurrence of cutaneous malignant melanoma in Brazil is analysed on the basis of available mortality data from the National Ministry of Health and from the incidence data of six Population-based Cancer Registries (Recife, Fortaleza, S. Paulo, Porto Alegre, Goiânia e Belém). The incidence in these State capitals has an intermediate pattern if compared to the world pictures. For Porto Alegre, the capital that had the highest rates, a comparison between the periods 1979-1982 and 1987 showed a proportional increases of 38% among males and 11% among females. The conclusion is reached that it is necessary to undertake studies in Brazil among fairskinned people from particular communities which may show a potentialized risk for the development of cutaneous melanoma in order to be able to define what kind of specific control actions should be developed.
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