RESUMO: O solo é um material usual no trabalho do Engenheiro Civil, que se depara com ele em vários ramos de atuação, mas o mesmo nem sempre é o ideal para uso e aplicação em seu estado natural, desta forma, necessário buscar alternativas para o aprimoramento de suas propriedades. Este artigo tem por finalidade analisar a influência da cal de carbureto em conjunto com o vidro moído na resistência mecânica de um solo argiloso proveniente da cidade de Passo Fundo-RS. Para as dosagens, foram adotados 3 pesos específicos (γd) 14, 15 e 16 (kN/m³), 3 teores de vidro (10, 20, 30%), 3 porcentagens de cal (3, 6, 9%) e umidade de 19%, a partir da prévia realização de ensaios de compactação e pelo método de pH. No total foram moldados 162 corpos de prova no sistema de triplicatas, sendo que metade das amostras curaram por 7 dias e o restante por 28 dias em câmara úmida. Todas as amostras passaram por imersão de 24h antes da realização do ensaio de resistência à compressão simples afim de reduzir os possíveis efeitos de sucção. Com base nos resultados, notou-se que com aumento da adição de cal de carbureto e vidro moído as respectivas resistências cresceram proporcionalmente. As amostras com tempo de cura de 28 dias apresentaram melhor resistência mecânica. A análise estatística evidenciou que a adição dos diferentes teores de vidro e de cal de carbureto carbureto influenciaram no comportamento de resistência das amostras e que o seu uso é significativo para estabilização do referido solo.
O solo é um material essencial para qualquer obra de engenharia, entretanto, o mesmo pode não apresentar os parâmetros solicitados em projeto. Em vista disso, inúmeros são os métodos para contornar esse problema, entre eles, a estabilização de solos. O presente artigo tem por finalidade avaliar e comparar o comportamento mecânico de uma mistura de um solo residual estabilizado com cimento. As amostras foram moldadas no sistema de triplicatas, com 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. Para as misturas, foram empregados duas massas específicas aparente secas (ρd) nos valores de 1,25 e 1,35 g/cm³ e quatro diferentes teores de cimento, sendo eles 5%, 7%, 9% e 11%. A fim de realizar uma comparação, também foram moldados corpos de prova sem a adição de cimento. Após moldagem, todas as amostras permaneceram em cura durante 7 dias em câmara úmida, a uma temperatura de 23°C ± 2°C, com umidade relativa do ar superior a 95%. A fim de minimizar os efeitos de sucção, os corpos de prova foram colocados em imersão 24 horas antes de ser realizada a ruptura. A resistência das amostras foi obtida através do ensaio de resistência à compressão simples. Verifica-se que a resistência mecânica dos corpos de prova cresce com o aumento do teor de cimento adicionado nas misturas e da massa específica aparente seca de moldagem. Dessa forma, conclui-se que tanto a compactação como a adição do cimento CPV-ARI apresentaram um grande potencial para a estabilização do referido solo.
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