RESUMO: O artigo problematiza a reforma do ensino médio imposta pela Lei 13.415/2017, que altera a LDB e determina uma configura-ção curricular que descaracteriza a última etapa da educação básica e reduz o direito à educação pública de qualidade. O 'novo' ensino médio confirma processos de exclusão educacional, dualismo e fragmentação que compromete não só a qualidade da formação da juventude, mas também a carreira e a formação dos profissionais da educação. O processo de reforma, autoritário e avesso ao diálogo com a sociedade, configura-se um retrocesso na política educacional. Palavras-chave: Ensino médio. Política educacional. Qualidade da educação. Formação. The threats of reform Disqualification and exclusion ABSTRACT: The article problematizes the reform of secondary education as has been imposed by Law No. 13.415 / 2017, which changes the LDB (basic law and directives for education) and determines a curricular configuration that not only discharges the last stage of basic education but also reduces the right to quality public education. The 'new' secondary education confirms processes for educational exclusion, dualism and fragmentation that compromise not only the quality of youth education, but also the career and training of education professionals. The process of reform, which is authoritarian and averse to dialogue with society, is a setback for educational policy. * Doutora em Educação pela PUC-Rio. É professora adjunta do Departamento de Educação Inclusiva e Con-tinuada da Faculdade de Educação da UERJ. Foi professora associada da UFRRJ e do ensino fundamental da rede pública municipal do Rio de Janeiro. É presidente da ANFOPE-Associação Nacional pela Forma-ção dos Profissionais da Educação, e membro do FNE e do FEE-RJ.
Este artigo tem por objetivo examinar as aproximações e os distanciamentos entre os primeiros desenvolvimentos da filosofia de Deleuze e as controvérsias acerca do método em história da filosofia na cena filosófica francesa do imediato pós-guerra, principalmente aquelas que envolveram os nomes de Jean Hyppolite, Ferdinand Alquié e Martial Guéroult, ex-professores do jovem Deleuze.
O artigo discute a recepção e as linhas interpretativas do pensamento de Nietzsche aberta pela monografia de Deleuze, Nietzsche e a Filosofia, originalmente publicada em 1962, a qual foi parte fundamental da reabilitação da filosofia nietzschiana no cenário francês do pós-guerra. Ao ler o eterno retorno de Nietzsche como um pensamento sintético sobre o tempo, Deleuze propõe uma distinção original entre as forças (empíricas) e a vontade (transcendental) que se insere em uma problematização interna a obra do filósofo francês, acerca dos limites da representação na compreensão trágica da diferença, distante das figuras da reconciliação dialética. Nesse sentido, para Deleuze, Nietzsche teria sido o filósofo que mais colaborou para uma nova imagem do pensamento, assim como para a afirmação de outra relação entre a filosofia e a história, e que não seria nem histórica, nem eterna, mas intempestiva.
O objetivo deste artigo é delimitar e restituir, de modo sistemático, os eixos argumentativos decisivos que permitem conceder um grau de coerência interna à célebre interpretação expressiva de Gilles Deleuze (1925-1995) acerca da filosofia de Espinosa. Trata-se, inicialmente, de examinar o quanto a leitura deleuziana de Espinosa retrata um momento peculiar e único das relações que Deleuze, ao longo de pelo menos três décadas, estabeleceu com a história da filosofia. Em seguida, pretendemos demonstrar a partir de quais ordenamentos conceituais – construídos de maneira não-hierárquica, segundo Deleuze – a tese de uma necessidade prática intrínseca ao processo de constituição ontológica na Ética de Espinosa é sustentada dentro do viés de uma filosofia da diferença.
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