Invasive pneumococcal disease is more common than was previously suspected in Thailand, even on the basis of estimates limited to hospitalized cases of bacteremia. These estimates, which are close to estimates of the incidence of hospitalized cases of pneumococcal bacteremia in the United States before introduction of pneumococcal conjugate vaccine, provide important data to guide public health care policy and to inform discussions about vaccine introduction in Thailand and the rest of Southeast Asia.
On the light of Cláudia Lemos’s proposal, this article aims to focus on child’s speech as the kernel of study in the field of language acquisition, evidencing the effect caused by such speech on the investigator. Consequently, it has led to the following deadlock: the recognition of an effect provoked on a subject constitutes that speech as the object of investigation, although such constitution suspends its objectivity status. In that sense, by means of the referring deadlock, the investigator would confront his/her study object question, which could lead him/her, in the case, to “resignify” investigation on language acquisition.
ARTIGOSÉ comum, na literatura sobre o autismo, conceber a existência de um vazio subjetivo, conforme indicam algumas expressões usadas em relação ao autista, como: tomadas desligadas, conchas, fortalezas vazias, papagaio. No tocante a sua manifestação verbal, embora haja várias discordâncias, predomina a concepção de uma imobilidade, como um traço básico da definição de ecolalia, desde a primeira definição proposta por Kanner (1943): "uma combinação de palavras ouvidas e repetidas como um papagaio" (p. 149), sem valor semântico ou qualquer caráter de comunicação. Assim, é comum encontrar, na literatura, afirmações negativas decorrentes da concepção de que não se pode considerar o autista como sujeito, porque ele estaria fora da linguagem com as várias consequências que essa exclusão acarreta: por exemplo, as suas manifestações linguageiras, na sua imobilidade, seriam rígidas, cristalizadas, permanentes, não apresentando, dentre outros aspectos, o funcionamento simbólico. A esse respeito, existem, entretanto, várias contradições. Segundo Cavalcanti e Rocha (2001), o próprio Kanner, num artigo de 1946, sugere que não se pode afirmar a ausência de sentido da linguagem na síndrome do autismo infantil precoce, chegando a alegar uma inacreditável capacidade poética e criadora dessas crianças, destacando que a linguagem dos autistas é metafórica e seus processos linguísticos não diferem dos empregados por pessoas ditas normais. De acordo com Rego (2006), essa suposta contradição de Kanner teria sido imposta pela observação clínica das manifestações verbais das crianças que surpreendiam e traziam questionamentos ao conceito de autismo apreendido pela via da deficiência, insuficiência ou ausência de linguagem.Na posição de tentar positivar as singularíssimas manifestações do autista, coloca-se Cavalcanti (2006), propondo que "essa posição implica o reconhecimento da subjetividade em qualquer modo de existência humana, por mais distante que possa se apresentar das referências presentes na cultura para descrever o humano" (p. 98); diríamos, por mais que esse modo de existência quebrasse/transgredisse as formas, culturalmente estabelecidas, de manifestações subjetivas.Essa é também a direção tomada por Soler (1998) que, convocando a proposta lacaniana, afirma que o sintoma é o mais interessante de um sujeito, porque é graças a seu sintoma que uma pessoa se difere de outra. O sintoma é, assim, o princípio de singularidade, de diferença. Mais adiante, coloca que o sintoma provém do real -do corpo, das pulsões nos termos freudianos -"e interfere, se opõe, objeta a conformidade do ser social" (p. 69; tradução e grifos nossos) o qual é definido por uma cultura, por uma civilização. Especificamente em relação ao autismo, também de acordo com a proposta lacaniana, diz essa autora que o que ela chama de sintoma autista, liga diretamente um real a um elemento simbólico, sem que o objeto imaginário aí seja concernido. Assim, um corpo e suas pulsões, ou melhor, um corpo pulsional tem de ser, necessariamente, considerado na abordagem d...
Neste estudo, coloca-se em questão o modo pelo qual se estrutura o sistema penitenciário, buscando uma articulação teórica que permita discutir o sujeito submetido ao discurso norteador de todo o sistema. Nesse sentido, parte-se das questões já abordadas por Foucault, para quem o discurso humanista que fundamenta o sistema penitenciário se constitui como um tipo de controle das condutas e de manutenção de poder. No entanto, procura-se incluir, nessas questões, a problemática da subjetividade implicada na lógica do aprisionamento a partir do referencial de sujeito pressuposto pela psicanálise.
The present study raises questions onto the way the penitentiary system is structured by seeking theoretical approaches which could allow discussion about the subject as submitted to the guided speech present throughout the whole system. In that sense, the basis for discussion lies on questions already elicited by Foucault, to whom the humanistic speech grounding the penitentiary system is formed as a type of conduct control and maintenance of power relations. Nevertheless, in those questions, we propose the inclusion of the problem within the subjectivity implied in the logic pertaining to the imprisonment status, from (and under) the subject’s references taken for granted in psychoanalysis
Neste artigo, coloca-se em discusão o caráter singular da fala da criança, no momento de mudança da condição de infans à condição de falante, sendo a singularidade concebida como uma transgressão, uma ruptura de padrões da língua. A fim de atribuir um estatuto teórico à referida concepção, é destacada a noção de anagrama que provoca uma ruptura no significante conforme instituído por Saussure. Estendendo essa noção à fala infantil, são abordados fragmentos de enunciados produzidos por uma criança em um momento inicial de sua trajetória linguística. A partir de tal abordagem, propõe-se, então, que a escuta da singularidade da fala infantil, pelo investigador, implicaria a escuta de uma transgressão da linearidade do significante da fala do outro/falante.
Pretendemos abordar a ecolalia no autismo como uma manifestação da resistência oferecida pelo corpo da criança à perda do som, isto é, à implantação do significante, partindo da posição psicanalítica segundo a qual, para se tornar falante, a criança precisa perder/esquecer/recalcar a dimensão sonora da voz e conservar o sentido, o que, entretanto, somente ocorre se essa dimensão se mantém no sujeito como inscrição significante. Nesse sentido, adotamos a proposta de que a dimensão sonora da voz do outro poderia aprisionar a criança, constituindo um obstáculo a sua trajetória linguística, mas, ao mesmo tempo, seria por meio dessa dimensão sonora que se poderia indicar uma saída para esse aprisionamento. A título de ilustração, foram discutidos alguns episódios que contêm manifestações verbais de um menino com hipótese de autismo. Propomos, então, que manifestações musicais como, por exemplo, as canções, poderiam favorecer, na criança com autismo, um retorno da musicalidade da voz materna, com suas dimensões de continuidade e descontinuidade. Por sua vez, tal retorno talvez pudesse propiciar alguma ruptura na continuidade sonora incorporada por essa criança, fazendo face à resistência que seu corpo opõe à implantação do significante.
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