RESUMOEsta pesquisa tem como objetivo principal compreender a experiência de envelhecimento de doze homens e mulheres, com idades entre 68 e 95 anos, moradores da cidade de Mafra-SC. O trabalho e a aposentadoria foram fundamentais na construção dos significados da velhice. A pesquisa demonstrou que existem diversas formas de envelhecer, tanto positivas, quanto negativas. Além disso, há uma grande distância entre os discursos elaborados sobre o envelhecimento e a forma como os entrevistados efetivamente experimentam essa etapa da vida. Nesse momento, não é a velhice sinônimo de perda e decadência que está sendo mencionada e sim uma outra velhice, bem mais positiva, que considera sobretudo as trajetórias individuais.Palavras-chave: Velhice. Experiência. Doença. Trabalho. AGING EXPERIENCE: JOB AND RETIREMENT ABSTRACTThis research has been main goal to understand the aging experience of twelve men and women, between 68 and 95 years old, they live in Mafra-SC. Their job and retirement were central in meaning construction of aging. Research proves to have several manners of old, so positives as negatives. Besides, there is a great difference between the theory about the aging and the manner how this persons live though this stage of their life, this time isn't the old synonymous with loss and decline that it talking about, but another aging, more positive, especially considering the individual trajectories.
Este artigo tem como objetivo principal discutir a experiência de envelhecimento de doze homens e mulheres, com idades entre 68 e 95 anos. A pesquisa de campo foi realizada na cidade de Mafra, no interior de Santa Catarina. A velhice é um fenômeno complexo, pois apresenta em sua essência uma ambiguidade: ao mesmo tempo em que aparece como sinônimo de doença, inatividade, dependência e declínio, essa etapa da vida também pode ser encarada como o tempo da liberdade, de conquistas e vivacidade. A pesquisa demonstrou que os significados atribuídos ao envelhecimento são variados, pois existem diversas formas de envelhecer, tanto positivas – melhoria da condição de vida; novas formas de sociabilidade –, quanto negativas – como sinônimo de doença, inscrevendo a velhice nos indivíduos. Mas as entrevistas revelaram ainda que há uma grande distância entre os discursos elaborados sobre o envelhecimento e a forma que os entrevistados efetivamente experimentam essa etapa da vida. Ao falar da velhice eles acabam negando sua condição de velho. Em contraposição a isso, quando os velhos pesquisados contam suas experiências cotidianas como um todo, eles se auto definem velhos. E nesse momento não é a velhice sinônimo de perda e decadência que está sendo mencionada e sim uma outra velhice, bem mais positiva, que considera sobretudo as trajetórias individuais.
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