Tendo completado dois anos, a pandemia do novo-Coronavírus ainda não dá sinal claro de chegar ao seu fim. A emergência de novas variantes fez recentemente subir o número de infectados e de vítimas em todo o mundo. Os indivíduos portadores de comorbidades são os mais afetados, tanto do ponto de vista quantitativo - pela maior morbimortalidade absoluta, quanto na perspectiva qualitativa, pelo maior fardo psicológico que sua condição geralmente significa diante do temor da infecção e suas complicações. Dentre essas comorbidades, figuram entre as mais importantes as doenças cardiovasculares. A pandemia afeta essa população específica de modo peculiar, não só pela maior possibilidade de infecção, necessidade de internação, intubação e morte, mas também pelos desafios que as medidas restritivas globais, para conter o espalhamento do vírus, trouxeram, principalmente no que tange às modificações do estilo de vida. Tais medidas, como o distanciamento e isolamento sociais, implicaram em aumento de sintomas negativos, como estresse, solidão, angústia, medo, bem como redução ou suspensão da prática de atividades físicas e aumento do consumo calórico. Do mesmo modo, alguns pacientes, sobretudo idosos e indivíduos de difícil condição socioeconômica, relataram dificuldade em manter o tratamento medicamentoso e menor quantidade de idas ao médico especialista para acompanhamento. Tais modificações alteram determinantes de saúde e significam aumento global do risco cardiovascular. A pandemia de COVID-19 parece ter interrompido, em várias esferas, o seguimento, o tratamento e as medidas de prevenção às doenças cardiovasculares. O objetivo do presente trabalho é verificar, comparativamente e por meio de dados oficiais, o impacto do período da pandemia sobre o número de internações de idosos por doenças cardiovasculares na cidade de Anápolis (GO). Percebeu-se redução significativa no número de internações por doenças do aparelho circulatório nos anos de 2020 e 2021, tanto para a populaçao em geral (p =0,02), quanto na população idosa (p = 0,01). Mais estudos são necessários para caracterizar melhor essa realidade e sua associação com a pandemia.
Introdução: A glomerulonefrite rapidamente progressiva é uma síndrome nefrítica aguda que cursa com injúria renal aguda e pode ser classificada de acordo com os achados clínicos, laboratoriais e histopatológicos. A poliangeíte microscópica é uma vasculite autoimune que afeta os pequenos vasos. Objetivo: Relatar o caso de um paciente portador de glomerulonefrite rapidamente progressiva causada por poliangeíte microscópica. Método: Revisão de prontuário, registro dos métodos diagnósticos utilizados e comparação com a literatura atual. Relato: Paciente de 57 anos com injúria renal aguda evoluindo para doença renal crônica causada por glomerulonefrite rapidamente progressiva por poliangeíte microscópica. Considerações finais: Pode-se observar que o paciente em questão se enquadrou nos parâmetros esperados pela literatura, exceto pela não responsividade ao pulso de metilprednisolona. Necessário avaliar também a dificuldade de encontrar estudos de fundamentação teórica para o caso visto a ausência de volume de relatos similares ao quadro.
A COVID-19 (coronavirus disease 2019) é uma doença gerada pelo vírus da família dos coronavírus denominado SARS-COV-2. Sua via de entrada predileta são as vias respiratórias e, do mesmo modo, o sítio de infecção mais marcante é o sistema respiratório, gerando, na maioria dos casos, a sintomatologia clássica de uma infecção viral das vias aéreas. No entanto, a doença tem o potencial de se espalhar por todos os sistemas, bem como de gerar resposta multissistêmica, em razão da desregulação imune que pode provocar. A doença, entretanto, não se resume apenas ao quadro agudo, complicado ou não. Com o desenvolvimento da pandemia, que já se aproxima do seu segundo ano, foi possível perceber que alguns pacientes apresentam sintomatologia crônica, logo após ou algum tempo depois da negativação dos testes sorológicos, inclusive psiquiátricos, cujo aparecimento implica em piora da qualidade de vida. A população como um todo foi afetada pelo vírus e pelas modificações do cotidiano que as medidas restritivas - numa tentativa de controlar o contágio em massa, que os órgãos de saúde em todo o mundo optaram por implantar, mas certos grupos populacionais foram atingidos de forma mais dramática, tanto pelo vírus quanto por essas medidas. Os idosos são um desses grupos mais afetados pela pandemia no que tange à saúde mental, repercutindo na mortalidade de forma geral, e também na morbidade, com o desenvolvimento de sintomas novos ou descompensação de doenças previamente controladas. Tendo isso em vista, o presente trabalho pretende avaliar se há significância no número de internações por transtornos de humor no Estado de Goiás antes e durante a pandemia do novo-Coronavírus.
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