A questão hídrica no semiárido brasileiro foi e ainda é um processo que envolve diversos sentimentos e opiniões. A princípio partia-se da ideia do combate à seca como solução para resolver a problemática enraizada de que falta água no semiárido. Mas, o que passou a ser proposto foi a implantação da convivência com o semiárido, buscando alternativas e soluções que visem conviver com um fenômeno natural e inerente à região. Assim, ações foram destacando-se como alternativas a convivência com o Semiárido, como exemplo, o Programa Uma Terra Duas Águas (P1+2), e se tornaram políticas públicas. Esse artigo, sintetiza parte do nosso trabalho no Mestrado em Planejamento Territorial, e tem como objetivo identificar quais e quantos foram os sistemas implantados para captação de água de chuva pelo P1+2 no Território do Sisal. Com os dados obtidos na pesquisa, foi constatado que desde a implantação do P1+2 em 2009 até 2014, foram construídos 2.217 sistemas de captação de água de chuva.
Durante anos, a população do semiárido vive com problemas relacionados à falta d’água. Assim, políticas de “combate à seca” foram criadas, como construção de grandes açudes, com a intenção de minimizar os longos períodos de estiagens que atinge milhões de pessoas. Mas, com o passar dos anos entendeu-se que o combate à seca, instituída pelo Estado brasileiro, no início da década de 50, não é possível, pois esse é um fenômeno natural e não pode ser combatido. Daí, a sociedade civil organizada, em meados da década de 90, começou a se articular e buscar meios que trouxesse melhoria para a vida das famílias do semiárido brasileiro, então, assim começou a ideia de convívio com o semiárido, onde foram necessárias alternativas e tecnologias que contribuíssem para melhor aproveitamento da água da chuva que cai na região semiárida, surgindo assim tecnologias sociais de fácil replicação, conhecidas como cisternas. O presente trabalho busca compreender a importância das políticas públicas voltadas para o acesso à água e convivência com o semiárido destacando as cisternas como tecnologias sociais de fácil replicação, baixo custo e integração das pessoas que participam deste processo. PALAVRAS-CHAVE: Semiárido. Tecnologias Sociais. Políticas Públicas.
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