Será que a produção de sentido do presente do Congado, no cotidiano de Uberlândia, pode ser ratificado pela reconstrução histórica do passado da luta pela identidade do ser negro, sem que recaia na despolitização dos sujeitos pela beleza da representação folclórica ou de ser atrativo turístico? Esse é o problema que move este artigo para analisar historicamente, no campo da comunicação, a produção de sentido do Congado em Uberlândia. A morte de velhas personalidades e a necessidade de renovação deixou em aberto uma ruptura do presente para o passado. É como se o fio da tradição estivesse se rompendo. As perguntas nos remetem a percorrer a análise cultural, por meio dos Estudos Culturais, em que a historicidade, a dialética e o sujeito em movimento se constituem como fatores primordiais para compreender a história do Congado em meio à complexidade dialética do percurso histórico.
Este artigo discute e analisa a produção de sentido do jornalismo no período de 1990 a partir dois pontos: a identidade do sujeito negro, em sua relação histórica por movimentos sociais, e a representação do jornal paulistano, Folha de S. Paulo. As abordagens do veículo permitem identificar o tratamento concedido aos negros em 1990, de forma a verificar se a representação do veículo está em conformidade ou disparidade com a identidade dos sujeitos. A valorização histórica do jornalismo é o principal ponto de análise, e direciona o trabalho ao próprio estudo da história da profissão, já que caminha em direção à verificação do cumprimento de sua responsabilidade social. A análise é baseada na teoria dos Estudos Culturais e no método de Análise Cultural, de forma a valorizar a contextualização e as vivências particulares no processo comunicativo. A investigação dos textos jornalísticos revela o conflito de memórias existente e de que forma o jornalismo contribuiu para a atual situação de desigualdade desses sujeitos.
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O artigo aborda sobre a identidade dos petianos cotista da UFU, bem como a proposta política do PET cotista. Este programa tem cunho interdisciplinar e abarca os alunos do curso de jornalismo, pedagogia e licenciaturas. Esses alunos são provenientes das comunidades populares urbanas, de uma família de baixo nível económicos e provenientes de escolas públicas. Inseridos no PET, os estudantes desenvolvem actividades e pesquisas extensionistas que abrangem tanto a comunidade académica quanto as comunidades populares urbanas, com vista a promoverem a troca de saberes entre essas duas comunidades. Ao focar sobre a identidade, ela é construída socialmente e é algo ainda que para alguns dos petianos está em construção. Se para alguns tentam resgatar os padrões familiares para manter essa identidade, para outros precisam sair desse modelo para construir em outros campos que não seja na família. O facto de a identidade ser uma construção social, não pode ser compreendido e apartado da diferença: ambos conceitos estão em estreita conexão com a relação do poder nos campos sociais onde os indivíduos estabelecem relações com os outros.
Este artigo tem por objetivo efetivar, por meio da análise cultural, a produção de sentido de jornalistas desveladas por meio de entrevistas realizadas para compreender o significado histórico do jornalismo. Para entender esse processo de construção de si, explicita as categorias que fundaram as entrevistas e os contrapontos que levam ao entendimento deste processo de identidade do sujeito que narra a experiência vivida. A problemática está materializada ao indagar em que sentido pode-se considerar que a produção jornalista é história. A análise teórica das entrevistas se faz a partir da e na reelaboração, pela memória, do sentido da próprio viver no presente. O dilema está na exteriorização dos sujeitos de que o jornalismo é história ao mesmo tempo em que a rotina torna-se obstáculo para afirmar que o jornalista tem consciência no ato em que escreve de que está produzindo história.
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