Não há em nosso país uma normatização que regulamente o descarte de medicamentos domiciliares. Em vista disso, realizou-se um estudo quantitativo, contemporâneo, observacional, realizado por meio da aplicação de um questionário estruturado objetivando analisar a forma mais comum de descarte de medicamentos por usuários da Unidade de Saúde Parque dos Maias (USPM) do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), localizada no município de Porto Alegre/ RS. O estudo incluiu 238 moradores, com erro aceitável de 5% e um nível de confiança de 95%. Em relação à análise da população estudada observou-se que 97,9% relataram que possuem medicamentos em suas residências; 86,6% nunca receberam orientação de como descartar medicamentos; 60% descartam no meio ambiente os medicamentos vencidos encontrados nos domicílios. A investigação estatística realizada pelo teste de Qui-quadrado para as variáveis analisadas não apresentou associação estatisticamente significativa entre escolaridade e renda com boa parte das ações de descarte de medicamentos pesquisadas. Constatou-se que medidas efetivas deveriam ser melhor organizadas para diminuir e regulamentar a geração e o destino dos medicamentos impróprios para o consumo presentes nas residências, minimizando assim danos ao meio ambiente e a saúde pública.
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