Esta pesquisa objetivou compreender a trajetória dos egressos da primeira turma do curso de moda de uma universidade pública. Com essa finalidade, analisamos as relações curriculares da formação inicial e os campos de atuação dos egressos a partir do percurso formativo. Foram analisados documentos do Projeto de Viabilidade do Curso (1996) e os questionários de egressos (2001) a partir da análise temática de Bardin (2016). Os resultados demonstram características técnicas do currículo devidas ao contexto prático vestuarista fabril regional. O percurso formativo dos egressos demonstrou atualização ao mercado de Moda com atuação em campos de trabalho intelectualizado entre o ramo de serviços, indústria e MEI.
Durante o processo quimioterápico, mulheres perdem seus cabelos e, com eles, referenciais estéticos e identitários do seu corpo feminino social e cultural. Nesse processo, embora haja outros sentimentos envolvidos, como, o confronto com a morte, fatores estéticos que abalam sua identidade e autoestima encontram-se como um dos principais incomôdos para elas. Assim sendo, acredita-se que o uso de um acessório de moda, como o chapéu, possa coadjuvar, criando mais conforto e bem-estar, enquanto as cabeças dessas mulheres estiverem sem cabelos. A presente pesquisa encontra-se inserida no contexto mencionado e teve, como objetivo, compreender a forma como o chapéu pode ser relevante no percurso identitário dessa mulheres, no sentido de suprir a falta social e pessoal do cabelo durante o tratamento, Por meio da antropologia aplicada, desenvolveu-se uma oficina do chapéu para mulheres acometidas pelo câncer, em uma cidade do Sul do Brasil, as quais, além de usá-los, confeccionaram o acessório. A etnografía foi o método escolhido para coletar os dados, sendo que se atuou como observadora participante e se realizou entrevistas não-diretivas e semiestruturadas. Concluiu-se que o chapéu, além de ser um auxiliar durante o processo de reconstrução identitária, foi um elemento que afastou as usuárias da estigmatização da doença.
Por meio do chapéu, um acessório da indumentária pouco utilizado atualmente, procurou-se aplicar sua técnica e seu uso em um grupo de mulheres portadoras de câncer de mama, onde seu papel foi relevante e auxiliar para a autoestima, bem-estar e identidade das mesmas. Além dos benefícios relacionados ao uso, também sua confecção foi um modo de exercitar a socialização e a sustentabilidade social, desenvolvidas ao longo de cinco meses em uma Oficina que aconteceu em uma Instituição Não Governamental, localizada em uma cidade do Sul do Brasil, que visa apoiar estas mulheres durante e após a doença.
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