Este ensaio refere-se a um percurso de trabalho e a algumas ferramentas teórico-práticas produzidas para uma clínica com velhos. O compartilhamento de alguns conceitos que permeiam os limites entre velhice e sofrimento torna-se um articulador de fundamental importância para essa clínica, exigindo outras intervenções frente às tradicionalmente realizadas, especialmente em situação de institucionalização. A proposta de uma clínica com velhos parte do interesse em relação a essa etapa da vida, mais especificamente, em relação à presença de um discurso moralizante e de modos de subjetivação hegemônicos que a qualificam como a banda podre da vida.
RESUMO: : O presente trabalho resulta de um estudo sociológico sobre as situações violência conjugal contra mulheres. O enfoque teórico-metodológico orienta-se pela perspectiva da sociologia jurídica. O objetivo da pesquisa foi realizar um estudo sobre as mudanças implementadas pelas leis de violência contra mulheres existentes no Brasil e no Uruguai, em suas aplicações sucedidas nas relações conjugais. Foram selecionadas três regiões do Estado do Rio Grande do Sul (norte, centro e fronteira) e uma cidade uruguaia, fronteira com o Brasil, onde se analisaram dados referentes aos anos de 2005 a 2009, a partir de coleta em delegacias do Rio Grande do Sul e dos informativos sobre violência no Uruguai. Observou-se que a violência conjugal está presente no cotidiano das mulheres dessas regiões, independente dos seus contextos socioeconômicos e culturais. Apesar dos avanços, as leis de proteção às mulheres são limitadas, especialmente no que tange à proteção e prevenção dessa forma de violência.Palavras-chave: Violência contra mulher;
No abstract
Este ensaio promove uma análise sobre “ideologia de gênero” e sua articulação com o debate sobre as atuações psi frente às demandas sociais atuais em relação à diversidade sexual e de gênero. Tomando alguns debates públicos realizados no legislativo e judiciário a respeito da Resolução 01/99 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), busca-se refletir sobre uma rede heterogênea de correlação de forças que passa a apresentar argumentos seculares e democráticos no debate sobre a readequação de gênero e sexualidade. Parte-se da perspectiva foucaultiana de estratégias e táticas discursivas que compõem as tecnologias de poder, pensando as transformações no dispositivo da sexualidade, na medida em que o embate passa a acontecer utilizando-se a linguagem jurídico-legal, articulando leis, conhecimentos científicos e cosmologias religiosas na produção de novas formas de atuação política em torno do que se chama “cura gay”.
RESUMOO presente trabalho se propõe a analisar as decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul -TJRS, proferidas a partir do ano de 2010, em sede recursal de apelação, referentes às demandas que objetivavam a retificação de sexo/gênero do registro de nascimento de pessoas trans. Objetivou-se identificar, através dos votos proferidos pelos operadores do direito (Desembargadores), a existência de produção e reprodução de tecnologias de gênero, de discursos nutridos de apropriação de saberes médi-cos e utilização de representações sobre o que é ser homem e ser mulher. Mediante a análise hermenêutica, com o auxílio das teorias feministas sobre sexo, gênero e transexualidade, analisou-se seis decisões proferidas do TJRS que, em sede de apelação, não reconheceram o direito à retificação de sexo/gênero no registro de nascimento de pessoas trans. A referida análise demonstrou que as decisões dos julgadores fundamentaram o não acolhimento dos pedidos com base nas representações socialmente compartilhadas de gênero, eivadas de discurso científico, dos julgadores sobre o tema em discussão nos pleitos.
RESUMOA recente ëdescobertaí da velhice como uma entidade demogr·fica e sua ascens"o ao status de problema social modificou o quadro dos estudos do envelhecimento no Brasil, constituindo a velhice em um objeto de intervenÁ"o e investigaÁ"o cientÌfica. Assistimos a um n˙mero cada vez maior de especialistas que buscam construir critÈrios que definam o que È envelhecimento e quando alguÈm pode ser considerado velho, em um processo din‚mico de interlocuÁ"o entre discursos biolÛgicos, polÌticos, sociais, econÙmicos e psicolÛgicos, que produzem categorias capazes de reconhecer determinados sujeitos como pertencentes ou n"o ‡ categoria velho. No presente artigo, procura-se, sob a perspectiva sÛcio-antropolÛgica, chamar a atenÁ"o para os contextos culturais e sociais em que emergem os significados sobre envelhecimento, os quais configuram e posicionam os sujeitos em diferentes lugares sociais. Procurando destacar que a velhice n"o È uma condiÁ"o est·tica do corpo, mas um processo por meio do qual se materializam corpos velhos, problematiza-se a nomeaÁ"o de diferenÁas que definem quem È velho ou n"o. Deste modo, È necess·rio refletir sobre a constituiÁ"o de um conjunto de discursos e pr·ticas que tornou possÌvel reconhecer determinados sujeitos como pertencentes a determinadas categorias e como estes s"o tomados como definidores de sujeitos e suas possibilidades.Palavras-chave: Velhice. Corpos. Processos de subjetivaÁ"o. ProduÁ"o de saberes. Gerontologia.
Este trabalho, de cunho qualitativo, objetiva refletir sobre a inserção da violência contra as mulheres no campo da saúde, especificamente a saúde mental. Para compor a análise, utilizamos material da observação participante, no decorrer do estágio em Psicologia, realizado no primeiro semestre de 2015, em um serviço da rede pública de saúde do município de Santa Cruz do Sul, interior do Rio Grande do Sul, o Centro de Atenção Psicossocial II (CAPS II). A violência contra as mulheres é um fenômeno mundial, que se expressa em diversas formas, são elas: simbólica, física, moral, psicológica, patrimonial e sexual, sendo o feminicídio a expressão máxima de violência. No Brasil, são altos os índices de violência conjugal contra as mulheres, evidenciando esse tipo de violência como um problema grave de saúde pública. Observamos que as discussões de gênero, conforme a perspectiva feminista, se faz necessária nos serviços de saúde mental, dada a importância da transversalidade de gênero nas políticas públicas e a visibilidade do tema no campo da saúde. Ainda há invisibilidade e silenciamentos em relação ao tema, por isso, consideramos que a inserção dessa discussão possibilitará promovermos tanto a saúde quanto a cidadania que o cuidado em saúde mental pode proporcionar.
O presente artigo visa discutir e problematizar as questões de gênero na política de assistência social à luz dos marcos regulatórios, especialmente no que tange a invisibilidade dos homens nos equipamentos e a visão tradicional dos/as profissionais que atuam neste segmento. Trazendo à tona reflexões com enfoque nas tecnologias de governo, trabalha-se a centralidade da família a partir de uma perspectiva de gênero, tendo como campo discussão a prática profissional em um município de médio porte.
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