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Introdução: A tuberculose é uma bacteriose enquadrada como problema de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde, uma vez que, ao menos um terço da população mundial já teve contato com a bactéria. A rápida infecção requer estratégias de defesa, sendo característico da resposta imune lesões granulomatosas que contêm a proliferação do patógeno. Esses granulomas podem afetar o hospedeiro de forma sistêmica. Objetivos: Esclarecer como se originam os granulomas induzidos pela Mycobacterium tuberculosis. Metodologia: Foi desenvolvida uma revisão integrativa, utilizando artigos científicos e livros, cuja pesquisa se deu pelas palavras-chave: granuloma; Mycobacterium tuberculosis; Th1. Após triagem, selecionou-se 3 artigos dentre 497 iniciais encontrados nas bases de dados, além de 3 livros e 1 boletim epidemiológico, redigidos em língua portuguesa e publicados entre 2006 e 2021. Resultados: A Mycobacterium tuberculosis, causadora da tuberculose, é aeróbia estrita, por isso tem tropismo por tecidos altamente oxigenados. Isso explica sua prevalência no parênquima pulmonar. A infecção inicia-se pela inalação dos bacilos, que, na sequência, são fagocitados por macrófagos alveolares. A bactéria detém como mecanismo de evasão a inibição da fusão fagossoma-lisossoma, o que permite sua proliferação intracelular. De tal maneira, o organismo infectado responde quimiotaticamente à infecção recrutando novos macrófagos, que, por servirem ao ciclo reprodutivo bacteriano, proporcionam efeitos sistêmicos quando disseminados. Esse cenário é particular de indivíduos imunocomprometidos. No caso de imunocompetentes, há formação de lesões granulomatosas induzidas pela resposta imune de padrão Th1. A bactéria fagocitada é rodeada por células T e outros macrófagos, atraídos por quimiotaxia, de modo a reprimir sua multiplicação. Ao longo do tempo, o interior da lesão entra em degeneração caseosa, que diminui a atividade metabólica bacteriana, todavia, favorece sua latência. Conclusão: A resposta imune granulomatosa é necessária para a contenção de agentes invasores no organismo. Assim sendo, no caso da Mycobacterium tuberculosis, um microrganismo intracelular, tem-se o padrão Th1 de granuloma, o qual estimula a secreção de IFN-ɤ, TNF, IL-1, IL-12 e IL-23 com a finalidade de isolar células infectadas a partir do recrutamento de linfócitos T e macrófagos ativados pela via clássica. Dessa forma, evita-se a proliferação da bactéria em tecidos saudáveis.
Introdução: Esquistossomose é uma doença infectoparasitária, a qual induz à formação granulomatosa como resposta imunológica. Tais lesões podem produzir efeitos sistêmicos no organismo infectado. Objetivos: Esclarecer como se originam os granulomas induzidos pelo Schistosoma mansoni. Metodologia: Foi desenvolvida uma revisão integrativa, utilizando artigos científicos e livros, cuja pesquisa se deu pelas palavras-chave: granuloma; Schistosoma mansoni; Th2. Após triagem, selecionou-se 2 artigos dentre 892 iniciais encontrados nas bases de dados, além de 4 livros e 1 monografia redigidos em língua portuguesa e publicados entre 2008 e 2021. Resultados: A esquistossomose é causada pelo Schistosoma mansoni, que tem como hospedeiro intermediário o caramujo do gênero Biomphalaria, e, em humanos, seu hospedeiro definitivo (HD). O ciclo se inicia quando os ovos do parasito, presentes em fezes expostas à água, eclodem em miracídios, forma natante livre. Há, assim, a penetração da larva no molusco, para diferenciação em cercárias maduras. Essas são eliminadas na água e vão ao encontro da pele humana. Logo que penetram-na, perdem a cauda, tornando-se esquistossômulos, que migram até o sistema porta, onde se desenvolvem em vermes adultos. Então, a fêmea é fecundada no canal ginecóforo do macho e, posteriormente, deposita seus ovos em vasos de menor calibre. Aqueles que não são eliminados nas fezes do HD, podem induzir a reação granulomatosa, em decorrência dos antígenos de miracídios nos ovos. De início a resposta imune ao helminto segue o padrão Th1, então sofre repolarização para Th2, provocando mudança das citocinas predominantes na resposta. Assim, há fusão de células epitelióides formadoras do granuloma, o qual impede a quimiotaxia de nutrientes para o ovo, causando sua degeneração. De tal forma, as lesões tornam-se tecido cicatricial, que pode influenciar na fisiologia hepática. Conclusão: O granuloma é uma importante ferramenta de defesa para que o sistema imune consiga isolar e impedir a disseminação de patógenos pelo organismo. Assim, como uma resposta contra o Schistosoma mansoni, um patógeno extracelular, o padrão de granuloma utilizado é o Th2, com a presença de IL-13, IL-4, IL-10 e TGF-β, o qual desencadeia a formação de uma barreira ao redor dos ovos, a fim de evitar o desenvolvimento do helminto.
Introdução: A endometriose é um distúrbio ginecológico caracterizado pela presença de glândula e/ou estroma endometrial fora da cavidade uterina e acomete mulheres em idade reprodutiva. Seu diagnóstico é feito por meio da laparoscopia e complementado pela anamnese e outros exames. Objetivo: Compreender a fisiopatologia e o diagnóstico da endometriose. Metodologia: Foi realizado uma revisão de literatura, por meio da busca nas plataformas Pubmed e Google Acadêmico, a partir dos descritores em inglês e em português endometriosis, diagnosis, infertility and pathophysiology, sendo selecionados 5 artigos. Resultado: A fisiopatologia da endometriose ainda é tema de discussão e apresenta teorias baseadas em evidências clínicas e experimentais, entre elas três serão discutidas. A primeira, chamada teoria da metaplasia celômica, aborda que da mesma superfície originam as células endometriais e as peritoneais. A metaplasia deveria aumentar com a idade, porém a endometriose está em maior parte relacionada à idade fértil. A segunda teoria, chamada teoria da indução diz sobre um derramamento de substâncias desconhecidas do útero e isso iria induzir à formação de tecido endometrial a partir de células mesenquimais indiferenciadas. Enfim, a teoria da menstruação retrógrada propõe que ocorra regurgitação transtubária da menstruação e as células endometriais disseminam e se implantam em diferentes locais, assim alterações anatômicas da pelve promovem o fluxo retrógrado e aumentam a chance de endometriose. O diagnóstico da endometriose é realizado a partir da anamnese e observa se a paciente relata dor pélvica, dispareunia, dismenorreia, disquezia, disúria e infertilidade. Dado que esses sintomas são usuais da endometriose, após deve ser feito o exame físico da pelve e caso haja mobilização uterina dolorosa deve-se suspeitar da doença. O exame padrão ouro para o diagnóstico definitivo é biópsia, realizada por laparoscopia, este exame é feito por do tecido lesionado e, posteriormente, sua análise possuindo como finalidade a determinação da endometriose. Ademais, são utilizados exames complementares tais como biomarcadores e de imagem. Conclusão: Assim, nota-se que a endometriose é uma doença muito prevalente no mundo, sendo que sua fisiopatologia ainda está em discussão com diversas teorias e o seu difícil diagnóstico representa um importante problema na saúde da mulher.
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