Objetivo caracterizar o processamento auditivo de escolares que falharam na avaliação simplificada do processamento auditivo e comparar esses achados com os resultados na avaliação comportamental do processamento auditivo. Métodos realizou-se a avaliação audiológica básica (audiometria tonal e vocal e medidas de imitância acústica), bateria comportamental do processamento auditivo composta pelos testes PSI (Pediatric Speech Intelligibility) versão em português, PPS (Pitch Pattern Sequence), MLD (Masking Level Difference), SSW (Stagged Spondaic Words) versão em português e GIN (Gap in Noise) e reteste da avaliação simplificada do processamento auditivo com escolares de 9 a 14 anos, matriculados entre o 4º ano e a 8ª série do ensino fundamental de uma escola de ensino público de Porto Alegre. Resultados dos 11 escolares avaliados que falharam na avaliação simplificada, 10 (90,9%) apresentaram alterações na bateria comportamental do processamento auditivo. Os subperfis com maior número de alterações foram os de decodificação e integração, as habilidades auditivas mais prejudicadas foram de interação binaural e separação e integração binaural concomitantemente. Não houve associação significante entre as tarefas da avaliação simplificada e os testes da bateria comportamental ao comparar o mesmo correlato neurofisiológico ou tarefa semelhante. Conclusão foi possível caracterizar o processamento auditivo dos escolares avaliados. A partir da comparação entre a avaliação simplificada e a bateria comportamental verificou-se que a avaliação simplificada pode ser um preditor sensível às alterações de processamento auditivo, apesar de não se identificar associação específica entre as habilidades comparadas.
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