ResumoEntre as décadas de 1820 e 1830, o Seminário de Nossa Senhora da Boa Morte, localizado na sede do bispado de Minas Gerais, foi tomado como foco de disputas políticas, religiosas e educacionais. Dois sujeitos com projeção social na província mineira foram protagonistas dos embates: o bispo Dom Frei José da Santíssima Trindade e o padre, professor e político Antonio José Ribeiro Bhering. O objetivo do artigo é demonstrar como as disputas geradas em torno do Seminário de Mariana, sobretudo as que se referem à definição dos seus Estatutos de regência, estiveram vinculadas a readequação dos campos de atuação dos poderes políticos e religiosos nos anos que sucederam a Independência do Brasil.
O objetivo central do artigo é evidenciar os registros acerca da atuação dos indígenas Cipriano de Souza e José da Silva como preparadores de produtos naturais na documentação legada da Viagem Filosófica do naturalista Alexandre Rodrigues Ferreira nas últimas décadas do século XVIII. Como os estudos do campo da história da ciência têm argumentado, uma rede de apoio local não podia ser dispensada pelos naturalistas nas viagens por terra e rios, bem como para o reconhecimento e coleta de exemplares da flora, da fauna e dos minerais dos territórios percorridos. Procurou-se mapear as menções referentes as presenças ativas dos dois indígenas nos anos em que a expedição percorreu as capitanias do Pará, São José do Rio Negro e Mato Grosso e Cuiabá. Do mesmo modo, foi abordado o deslocamento de Cipriano de Souza e José da Silva, uma vez findada a Viagem Filosófica, para Lisboa. Embora conhecida a participação dos dois indígenas na expedição, faz-se ainda necessário reunir os fragmentos dos documentos que os mencionam e destacar o trânsito de seus corpos e saberes entre os sertões da América portuguesa e a Europa.
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