AGRADECIMENTOSQuatro anos e meio. Praticamente a mesma duração da expedição de FitzRoy com o Beagle. Neste longo caminho por mares nunca antes navegados, encontrei portos amigos nos lugares mais inusitados do globo. Escreverei de alguns, sem seguir o roteiro clássico.Em meio a tempestades e calmarias que a pesquisa trouxe, sempre pude contar com a Leka. Não há palavras para agradecer a ajuda, atenção, amor, paciência e compreensão. Nas horas mais tensas e trabalhosas, nas distâncias inenarráveis de dezenas de milhares de quilômetros, sempre esteve ao meu lado. Juntos, ganhamos a Manu: felicidade, carinho, surpresa, momentos inesquecíveis... Diante de um pai e seu computador, conseguiu um teclado para brincar; ao lado de um pai leitor, papéis para desenhar. A paciência e a impaciência com um pai mais ausente do que gostaria, as viagens não compartilhadas, e as paradas muito aproveitadas. A cada dia, uma surpresa e um aprendizado para lembrar que há muita vida lá fora.Meus pais, Edson e Dodi: mais do que o carinho, a atenção e o apoio irrestritos, foram fundamentais desde sempre. Quando paro para pensar nas escolhas que fiz, nos percursos que percorri, é impossível deixar de pensar em quanto eles são importantes. Como dissociar a convivência e os aprendizados cotidianos com um cientista político e uma antropóloga, de meus gostos e inquietações acadêmicas? Livros, viagens e até umas lanças foram essenciais, sem a preocupação de serem centrais.O caminho que trouxe a essa tese começou há dez anos, em uma aula inesquecível da Ligia sobre a Argentina no século XIX. Poucos dias depois, a procurei: inquieto, queria saber mais. E pensar que tudo começou com o Mansilla, passou pelo inesquecível Calfucurá e acabou onde jamais imaginei, com FitzRoy e Potatau Whero-Whero. As orientações sempre precisas, atentas, animadas e provocadoras... Ao encampar essa pesquisa, também foi levada a histórias e historiografias absolutamente novas, e mais uma vez, mostrou seu vigor acadêmico e olhar atento, mesmo quando discutíamos o outro lado do planeta.Meus reais e sinceros agradecimentos à Fapesp. Sem a bolsa e a reserva técnica, teria sido impossível realizar esta pesquisa da forma com fiz e com as fontes percorridas: fui à Inglaterra e à Nova Zelândia. Visitei arquivos, bibliotecas e encontrei outros pesquisadores.Pude montar uma verdadeira biblioteca de história do Império Britânico, da Oceania, da Argentina e de relatos de viagens. Agora na biblioteca da FFLCH-USP, espero, com aqueles mais de cinquenta livros, ter contribuído para que outros procurem seus portos.Antes da bolsa, contei com o formidável apoio e dedicação de três queridos que, em suas viagens pessoais, dedicaram dias para recolher material na British Library, fazendo de tudo para contornar padrões e regras britânicos. Meu irmão Fernando, e depois Rapha e ReLu (que se aventuraram por lá quase sem falar inglês), foram essenciais para dar aquela ajuda no começo da pesquisa. ReLu, em especial, durante todos esses anos, sempre oferecendo tudo o possível para proporcionar a t...