RESUMOEste estudo buscou traçar o perfil epidemiológico de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Juventude (CAPSij) vítimas de violência. Trata-se de um estudo transversal, documental e quantitativo, realizado com dados obtidos por meio de prontuários do serviço referentes aos usuários acolhidos nos anos de 2018 e 2019. Foram investigados um total de 471 prontuários. Os dados foram expressos em porcentagem e comparados pelo teste de qui-quadrado. Foi encontrado que 112 (23,77%) crianças e adolescentes apresentaram registro de algum tipo de violência. O tipo de violência mais registrado foram os maus-tratos (37,5%). Os agressores do sexo masculino predominaram na amostra (52,5%), assim como agressores familiares às vítimas (54,2%). A residência das vítimas foi o local que apresentou maior registro de violências (36,6%). A maior fonte de encaminhamentos foram as Unidades Básicas de Saúde (48,2%). A agressividade foi a queixa principal mais relatada (53,5%), ademais, o grupo dos transtornos do comportamento e transtornos emocionais foram os mais prevalentes (23,1%). Foram evidenciados aspectos da violência contra crianças, da complexidade do contexto nos quais ela ocorre, da qualidade das informações coletadas bem como os aspectos clínicos das vítimas.
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