As novas relações que se estabelecem entre a técnica e a vida social geram novas formas de comunicação, de produção cultural e fenômenos sociotécnicos, desenvolvendo uma nova cultura contemporânea, a cibercultura. Diante desse novo contexto sociotécnico, os museus passaram a fazer uso das tecnologias digitais em rede e móveis, visando potencializar a experiência comunicacional e educacional de/com seus visitantes. Este artigo tem como objetivo discutir o espaço museal na cibercultura, apresentando-o como rede educativa e espaço multirreferencial de aprendizagem, e mostrar exemplos de usos das tecnologias digitais em rede por parte dos museus na contemporaneidade. PALAVRAS-CHAVE: cibercultura; educação museal; aprendizagem ubíqua; ciberpesquisa-formação; espaços multirreferenciais; ABSTRACT The new relations established between technique and social life have generated new forms of communication, cultural production and sociotechnical phenomena, developing a new contemporary culture, cyberculture. Faced with this new sociotechnical context, museums began to make use of mobile and online digital technologies, aiming at enhancing the communicational and educational experiences of/with their visitors. This article aims to discuss the museum space in cyberculture, presenting it as an educational network and a multi-referential learning space, and to show examples of use of online digital technologies by museums in the contemporary world. KEYWORDS: cyberculture; museum education; ubiquitous learning; cyber research-training; multi-referential spaces.
O presente artigo tem como objetivo narrar as principais transformações comunicacionais e educacionais geradas pelo rápido e intenso desenvolvimento das tecnologias digitais em rede (TDR) na contemporaneidade e discutir sua relação com a educação museal. O termo e noção ‘Educação Museal Online’ (EMO) é apresentado e sugerido como um novo modo de fazerpensar[1] ações educativas museais na/com a cibercultura, a partir dos referenciais teórico-epistemológicos da multirreferencialidade (Ardoino, 1998) e das pesquisas dos/nos/com os cotidianos (Alves, 2008, 2010; Certeau, 2014), assim como das experiências de práticas educativas museais online levadas a cabo pela primeira autora com/na Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional/UFRJ, como parte de sua participação como professora colaboradora do setor e de sua pesquisa de doutorado em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação (PROPED) da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).[1] Segundo OLIVEIRA e ALVES (2008, p. 11) a junção de termos e a sua inversão, em alguns casos, foi a forma das autoras mostrarem “os limites para as pesquisas nos/dos/com os cotidianos, do modo dicotomizado criado pela ciência moderna para analisar a sociedade”.
Este artigo tem como objetivo narrar e discutir uma experiência vivenciada no/com o Instagram e seus praticantes durante nossa pesquisa de Doutorado que buscou compreender a Educação Museal na/com a cibercultura. A experiência aqui narrada dialoga com as bases teórico-metodológicas da pesquisa com os cotidianos e da ciberpesquisa-formação. Narrativas e imagens de usuários publicadas abertamente no Instagram se configuraram como nossos personagens conceituais que nos ajudaram a compreender as operações de usuários e as múltiplas tessituras de ‘conhecimentossignificações’, de expressões e manifestações das experimentações, significações e vivências dos praticantes culturais nos/com o museu, modificando consideravelmente os modos de ‘fazerpensar’ nossa pesquisa e atuação como educadora museal em formação nas com as redes sociais digitais da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional (SAE/MN). Palavras-chave: Ciberpesquisa-formação. Educação museal. Educação Museal Online. Museu Nacional. Panapaná.
O distanciamento físico e social gerada pela pandemia de COVID-19 causou o fechamento da maioria dos museus (94,7%). Estes voltaram sua atenção para as tecnologias digitais em rede (TDR) para manterem contato com seus públicos. A pandemia desvelou a difícil realidade enfrentada pelos profissionais da Educação Museal no Brasil e no resto do mundo, provocando debates locais e internacionais sobre profissionalização, demissões e formação. Diante da importância do campo e de seus profissionais para garantir o cumprimento da função social dos museus e dos desafios emergentes relacionados à formação dos educadores museais frente ao cenário sociotécnico contemporâneo, temos como objetivo narrar e discutir algumas práticas de Educação Museal Online (EMO) forjadas na/com as redes sociais da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional (SAE/MN) e seus praticantes seguidores desde 2018. As práticas narradas têm como intencionalidade central fomentar a participação ativa dos praticantes seguidores das/nas redes da SAE. A variedade de usos de diferentes linguagens, mídias e formatos característicos da cibercultura, evidenciou as potencialidades comunicacionais das tecnologias digitais em rede (TDR) como meio para acionar a participação ativa dos praticantes seguidores em ambiências conversacionais interativas que geraram o compartilhamento de emoções, a partilha e a produção coletiva e coautoral de ‘conhecimentossignificações’ em rede. As práticas de EMO aqui narradas e discutidas representam o alinhamento dos ‘fazeressaberes’ da Educação Museal ao contexto sociotécnico e comunicacional contemporâneo, isto é, à cibercultura.
Este artigo tem como foco a interface entre cibercultura e educação museal. Objetivamos narrar a experiência de criação de memes por estudantes durante uma atividade educativa da Seção de Assistência ao Ensino do Museu Nacional (MN), discutir os possíveis conhecimentossignificações que emergiram a partir destas autorias e as potencialidades educativas dos memes na educação museal. Descrevemos uma oficina realizada com 23 estudantes do Ensino Fundamental I de escolas públicas municipais do Rio de Janeiro, participantes do projeto “Clube de Jovens Cientistas”. Após visitarem as exposições do MN em pequenos grupos e, considerando a sua interação com os objetos, os estudantes elaboraram 20 memes com tablets e acesso à wi-fi disponibilizados pelo Museu. Os 10 memes aqui discutidos nos fizeram observar a forte relação dos educandos com o gênero textual em questão. A produção textual dos memes se mostrou multimodal e indicou uma produção de sentidos baseada nos contextos sociais e históricos vivenciados pelos seus autores, nos auxiliando, dessa forma, a refletir sobre o contexto da educação museal na cibercultura e a relação entre ciência e sociedade.
A Revista Observatório chega com esperada veemência ao seu quinto ano editorial, com capa produzida pela colega, professor e artista Adriano Alves da Silva, trazendo com tenacidade mais dois dossiês especiais! Nosso quinto ano editorial será marcado por diversas mudanças (principalmente no número de dossiês e de artigos publicados), conforme serão vistas ao longo de 2019! Convidamos você leitor a continuar a prestigiar e compartilhar o conteúdo disponibilizado, fruto do esforço coletivo pela divulgação científica e qualidade. O primeiro, intitulado REDES EDUCATIVAS E ESPAÇOS MULTIRREFERENCIAIS DE APRENDIZAGEM, foi organizado pelas colegas Edméa de Oliveira Santos, Frieda Maria Marti e Rosemary dos Santos, com foco em contribuir para a discussão sobre modos outros de “pensarfazer” a pesquisa e a prática em Educação, tomando como ponto de partida as bases epistemológicas da multirreferencialidade e a noção de redes educativas e espaços multirreferenciais de aprendizagemensino. O dossiê apresenta relatos e reflexões científicas de autores brasileiros e do exterior (Inglaterra) derivadas de investigações sistemáticas e de experiências institucionais relevantes para o contexto nacional. O segundo, intitulado TECNOLOGIAS DIGITAIS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TDIC): PENSAMENTO COMPUTACIONAL, EDUCAÇÃO, DESENVOLVIMENTO HUMANO E SOCIAL, foi organizado pelas colegas Lina Maria Gonçalves e Suzana Giglioli Nunes, ambas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), tendo como foco a divulgação de pesquisas que abordam as TDIC como importantes instrumentos para o desenvolvimento humano e social, especialmente no que se refere ao desenvolvimento do pensamento lógico e computacional.
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