Atualmente, em trabalhos acadêmicos e em alguns municípios brasileiros (por exemplo, Porto Alegre/RS), discute-se a criação de uma cobrança pelo serviço de drenagem urbana, semelhante à que existe em Santo André/SP. Além dessa cobrança, também deve ser utilizada a cobrança pelo uso da água, instrumento de gestão dos recursos hídricos. Observa-se nos trabalhos desenvolvidos na área certo conflito quanto ao conceito e aplicação dessas cobranças. Assim, o objetivo desse artigo é distinguir as duas cobranças e propor uma estratégia para aplicá-las de forma articulada e efetiva, procurando minimizar os impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico. Para isso, pretende-se responder as seguintes perguntas: "Quais os objetivos dos pagamentos? Quem deve pagar? Quem administra os recursos gerados? Onde devem ser aplicados esses recursos?" A partir de uma revisão crítica de trabalhos, chegou-se a seguinte constatação: a cobrança pelo serviço de drenagem urbana é uma taxa e a cobrança pelo uso da água é um preço público. Portanto, são pagamentos distintos, com objetivos também distintos. O pagamento da taxa objetiva promover o funcionamento do serviço da drenagem urbana e o preço público está relacionado à conservação da bacia hidrográfica como um todo, em uma visão condominial, sendo que os recursos gerados pela cobrança podem ser aplicados em diferentes ações na bacia. Nesse contexto, define-se: a cobrança da taxa pelo serviço é interna ao município, devendo ser paga pelos proprietários dos imóveis ao município; e a cobrança pelo uso da água é externa ao município, referente aos impactos proporcionados pelo município à bacia hidrográfica. É feita uma aplicação da proposta na Bacia do rio Santa Maria/RS. As simulações indicam uma relação de aproximadamente 1/20
Resumo No Estado do Rio Grande do Sul (RS,) o regime pluviométrico não é homogêneo, apresentando variabilidade espacial e temporal condicionadas às interações de diferentes mecanismos climáticos. Estas particularidades fazem
RESUMO A urbanização no Brasil, em geral, causa diversos problemas ambientais e sociais, destacando-se os de saúde pública. O presente estudo analisou o uso de ferramentas de geoprocessamento que podem ajudar a compreender a relação entre a qualidade da água em rios e a incidência de doenças diarreicas agudas. Em um município brasileiro, realizou-se o monitoramento ambiental em pontos de um rio urbano, buscou-se informações quanto às doenças diarreicas e utilizaram-se as ferramentas de geoprocessamento: análises de distribuição espacial com a ferramenta distância mais próxima e a estimativa de densidade kernel; e análises de aglomerados com a média do vizinho mais próximo e a função K de Ripley. Entre os resultados, destaca-se: o ponto com a pior qualidade da água agrupou a maioria dos casos de doenças diarreicas, corroborando a associação clássica que relaciona este resultado às piores condições de vida; entre as ferramentas utilizadas, a estimativa de densidade kernel possibilitou a visualização espacial da aglomeração dos casos de diarreia; e a função K de Ripley comprovou estatisticamente essa aglomeração. As informações do monitoramento ambiental dos rios contribuem para identificar as possíveis causas das doenças diarreicas. As análises espaciais realizadas podem ser replicadas em outros municípios com o objetivo de identificar áreas de risco às doenças diarreicas que possibilitem ações de prevenção.
No Estado do Rio Grande do Sul (RS) o regime pluviométrico não é homogêneo, apresentando variabilidade espacial e temporal condicionadas às interações de diferentes mecanismos climáticos. Estas particularidades fazem surgir diferentes comportamentos da chuva, incluindo as chuvas orográficas. O objetivo deste artigo é analisar a provável existência do efeito orográfico nas chuvas da região central do RS. O estudo foi realizado no município de Silveira Martins, pois sendo vizinho do município de Santa Maria, está no limite da Depressão Central e o Planalto Meridional Riograndense. Para atingir o objetivo foi realizado o monitoramento das chuvas com a instalação de dez postos pluviométricos. Foram instalados quatro postos a barlavento e seis a sotavento de Silveira Martins, sendo comparados estatisticamente os totais médios precitados nas duas posições. Além disso, caracterizaram-se os eventos de chuva a partir de imagens de satélite do banco de dados digital do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). O monitoramento ocorreu no ano hidrológico de 2011/2012, totalizando 30 eventos e, em média, 953,13 mm de chuva. Ao nível de significância de 5%, a análise estatística sugere a ocorrência de efeito orográfico. A partir da análise das imagens de satélite nos dias dos eventos pode-se evidenciar que o efeito orográfico da região intensifica as chuvas frontais decorrentes do movimento das massas de ar polares, no sentido principal sudoeste-nordeste.
RESUMOUma grande parte da população enfrenta problemas oriundos da inexistência de tratamento dos efluentes líquidos. Logo, são necessárias pesquisas para o desenvolvimento de tecnologias de baixo custo para o tratamento das águas residuárias. O objetivo deste trabalho foi comparar a eficiência na remoção da matéria orgânica biodegradável do esgoto doméstico em um sistema descentralizado de tratamento utilizando diferentes macrófitas em clima subtropical. Foram utilizadas as macrófitas: Typha sp., Colocasia esculenta, Pennisetum purpureum. Foram construídos quatro tanques com o sistema de fluxo vertical e colocados três indivíduos de cada espécie de macrófitas em cada tanque, sendo que um dos tanques ficou sem macrófita (testemunha). Foram coletadas amostras para análises da Demanda Bioquímica Oxigênio -DBO. Os dados de DBO foram analisados pelos testes estatísticos ANOVA e Tukey. Os resultados indicaram eficiência de remoção de DBO média de 53% para a Typha sp., que apresentou maior resistência ao frio, 52% para a Pennisetum purpureum, 32% para a Colocasia esculenta; e 28% para a Testemunha. O teste de ANOVA indicou diferença estatística significativa. O teste de Tukey indicou que as macrófitas Typha sp. e Pennisetum purpureum diferenciaram-se quanto à diminuição da DBO e que as temperaturas mais frias influenciam na eficiência do tratamento. Palavras-chave: Saneamento básico, Tecnologias ambientais, "Wetlands" construídos. ABSTRACTA large part of population has faced problems arising from the lack of wastewater treatment. Therefore, research is needed to develop technologies with low cost for the treatment of wastewaters. The aim of this paper was to compare the efficiency in the removal of biodegradable organic matter of domestic sewage in a decentralized wastewater treatment with different plants in subtropical climate. There were used the macrophytes: Typha sp., Colocasia esculenta, and Pennisetum purpureum. Four tanks were constructed with vertical flow system. Also, three individuals of each plant species were placed in each tank and one tank had no plant, named witness, and samples were collected in each tank for analysis of Biochemical Oxygen Demand -BOD. Statistical tests were performed by ANOVA and Tukey. The results showed the removal efficiency of BOD average of 53 % for Typha sp., which presented better resistance to cold, 52 % for Pennisetum purpureum, 32 % for Colocasia esculenta, and 28 % for the Witness. The ANOVA indicated a statistically significant difference. Tukey's test indicated that plants Typha sp. and Pennisetum purpureum differed in the BOD reduction and that colder temperatures have influence over the efficiency of the treatment.
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