Resumo: Introdução: As mudanças macropolíticas e econômicas influenciam as relações de trabalho atuais. No Rio de Janeiro, a ampliação da participação de terapeutas ocupacionais tem se dado através das políticas de saúde, podendo ser verificado pelo aumento das vagas e, principalmente, das convocações oferecidas nos concursos públicos. Objetivo: Compreender como terapeutas ocupacionais, inseridos em unidades públicas de saúde, têm desempenhado suas práticas profissionais e como a formação graduada contribui para lidar com questões que se apresentam no cotidiano do trabalho. Método: Trata-se de estudo qualitativo, que teve como propósito caracterizar as práticas dos terapeutas ocupacionais em instituições do SUS no Rio de Janeiro, compreendendo a percepção dos profissionais e os desafios enfrentados no cotidiano de trabalho. Foi aplicado questionário semiestruturado, com perguntas abertas e fechadas e mistas, e realizadas entrevistas. Resultados: Participaram da pesquisa 57 terapeutas ocupacionais, destes 50 atuavam diretamente em unidades de saúde no Rio de Janeiro e sete desempenhavam atividades de docência em dois cursos de graduação em Terapia Ocupacional com experiência atual ou passada nas unidades públicas de saúde. A maioria dos participantes concluiu a graduação há mais de 15 anos. Conclusão: Percebeu-se, a partir dos aspectos analisados sobre a formação dos terapeutas ocupacionais, que esta nem sempre esteve relacionada às demandas do sistema público de saúde. Contudo, algumas características da profissão parecem facilitar a inserção desse profissional no SUS. Nesse sentido, um profissional formado com conhecimentos, habilidades e atitudes adequados às políticas públicas e à legislação, terá seu potencial e competência ampliados. Palavras-chave: Terapia Ocupacional, Formação Profissional, Trabalho, Sistema Único de Saúde.The occupational therapist practice: the challenges faced at the daily work in public health services Abstract: Introduction: The macro-political and economic changes influence the current labor and employment relations. In Rio de Janeiro State, the increase of occupational therapist work in public health system has been done trhough national health public system. It can be verified by the number of job oportunities and, mainly, from the public tenders. Objective: This study aims to understand how occupational therapists, employed at public health systems, performed their professional practices and how the undergraduate contributes to deal with questions at daily work. Method: This study has a qualitative design and its aim was to characterize the occupational therapists practices that are employed at the Unified Health System in Rio de Janeiro, and to understand the perception and the mainly difficulties faced daily by these professionals. A semi-structured questionnaire was applied. Results: 57 occupational therapists participated in the study, of which 50 professionals were employed at health units in Rio de Janeiro and 7 were teaching in two undergraduated courses in Occupational Th...
Este artigo situa e contextualiza os cursos de Bacharelado Interdisciplinar (BI), no Brasil, eobjetiva sinalizar para gestores de ensino superior, pesquisadores e demais interessados notema o cenário em 2017 da oferta desses cursos. Tais programas de bacharelado interdisciplinartiveram início com a implantação da Reestruturação e Expansão das Universidades Federais(REUNI), em 2007, e foram implantados com o objetivo de confrontar o modelo enciclopédico,redimensionando as novas formações universitárias em uma perspectiva de transversalização nasáreas de conhecimento das universidades brasileiras. Metodologicamente, a pesquisa baseou-seem documentos basilares sobre o tema em discussão e na plataforma e-MEC - sistema eletrônicode monitoramento dos processos que regulamentam a educação superior no Brasil. Os resultadosforam obtidos em pesquisa documental e dados quantificados e categorizados para a compreensãodo panorama no Brasil. Conclui-se que apesar dos grandes esforços para mudar a formaçãodo alunado brasileiro, o BI ainda é uma realidade incipiente no país. As universidades públicasconcentram o maior número de BI, havendo resistência geral à implantação de novos modelosde formação no ensino superior. Houve avanços dos cursos BI, reconhecendo as metodogiasinovadoras nesta formação pegagógica dentro de uma abordagem interdisciplinar mais plural,mesmo assim ainda há desafios e resistências, entre docentes e estudantes, implicadas a partirde paradigmas conservadores do modelo tradicional de formação.
Este artigo se propõe a refletir sobre a relevância do docente olhar para si mesmo como uma pessoa em constante construção formativa, bem como, ser consciente de sua responsabilidade auto formativa, visando se qualificar para trilhar os caminhos do ensino e aprendizagem guiados ao desenvolvimento profissional e pessoal. Objetiva-se neste artigo discutir à luz da literatura a concepção do ser professor: suas potencialidades na sua (auto)formação. Como fundamentação metodológica, é baseado numa revisão de literatura. Buscou-se por meio do portal da CAPES teses e dissertações que reverberam a temática aqui proposta. No constructo teórico é dada a importância e relevância social deste debate no sentido de encorajar e conduzir a reflexão crítica do docente no seu comprometimento de (auto)formação, concretizando a potencialização da prática pedagógica deste profissional em seu dia a dia no ambiente escolar. Conclui-se segurando que a (auto)formação docente possibilita o protagonismo do docente na acepção de permitir para si uma formação crítica, reflexiva e continua que não se exaure apenas nos cursos de graduação, mas que esta busca o permita ir mais além das sistemáticas tradicionais de formação.
Breve contextualização da política nacional de saúde mental no Brasil A história revelou que no Brasil as pessoas com transtornos mentais e as suas famílias cuidadoras receberam uma assistência em saúde mental aportada fundamentalmente no sistema hospitalocêntrico manicomial, caracteristicamente iatrogênico, configurando-se uma usina produtora de sofrimento, de cronificação, de patologias, de violação de direitos, gerando processos deletérios de estigmatização e de exclusão social. (BARROS; JORGE, 2012). A Política Nacional de Saúde Mental no Brasil buscou garantir a defesa dos direitos, a melhoria da qualidade de assistência, a construção de respostas satisfatórias diante das necessidades apresentadas pela população com transtornos mentais. (BRASIL, 2004). Ela busca a superação dos modelos asilares no Brasil, marcantemente excludente e cronificador, propondo a incorporação de uma política humanizada, de qualidade, de base comunitária, baseando-se nos princípios do Sistema Único de Saúde – SUS, da universalidade, da hierarquização, da integralidade, da regionalização e da integralidade das ações.
Esta pesquisa tem como objetivo discutir o currículo intercultural na perspectiva da decolonialidade no âmbito da educação profissional. A ideia é propor uma reflexão teórica a partir de uma pesquisa bibliográfica sobre currículo intercultural e estudos decoloniais. A partir de uma metodologia qualitativa, a crítica foi desenvolvida considerando trabalhos teóricos dos seguintes autores sobre o currículo escolar formal: Miguel Arroyo (2013), Marise Ramos (2008), Dermeval Saviani (2011), José Gimeno Sacristán (2000), Maria Ciavatta (2005), Tomaz Tadeu da Silva (2009). Quanto aos estudos decoloniais, alguns dos autores considerados neste estudo são: Aníbal Quijano (2000), Walter Mignolo (2017), Vera Maria Ferrão Candau (2016), Catherine Walsh (2007, 2009), Boaventura de Sousa Santos (2010), autores cujos princípios são constituídos pelas contribuições da pedagogia crítica de Paulo Freire. Os resultados sugerem o conceito de interculturalidade como uma estratégia decolonial que pode ser vista como uma possibilidade de superação do currículo escolar formal como campo de relações de poder hegemônicas, bem como a base para a proposição do currículo como um projeto educacional voltado para o ser humano e emancipação social. Palavras-chave: Currículo. Decolonialidade. Interculturalidade.
A oferta de cursos para públicos específicos faz-se necessária para que seja garantido o direito a uma vida mais justa por meio da qualificação. Nesse sentido, este estudo aborda o programa da Educação de Jovens e Adultos integrada à Educação Profissional e Tecnológica (EJA EPT) no tocante ao número de vagas ofertadas e o respectivo número de inscritos nos cursos disponíveis. O estudo abrange os seguintes Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia: Farroupilha (IFFar), Rio Grande do Sul (IFRS) e o Sul-rio-grandense (IFSul). O período da pesquisa se deu entre os anos de 2017 a 2020. Como objetivos, buscou-se considerar o número de vagas ofertadas por ano e também verificar quais eixos tecnológicos e cursos obtiveram o maior número de inscrições. Para a produção de dados, foi utilizada a Plataforma Nilo Peçanha (PNP). A metodologia desenvolvida permeou os dados disponíveis na PNP, o que permitiu a organização de compreensões sobre a oferta da EJA EPT no Rio Grande do Sul. Entre as conclusões, destacam-se o maior percentual de vagas ofertadas por ano dentre os 3 institutos, bem como os eixos tecnológicos com maior representação dentre as vagas ofertadas, de 2017 a 2020.
A violência sexual infantil é considerada como um grave problema de saúde pública e social neste país e no mundo como um todo. A sua real prevalência é desconhecida, visto que muitas crianças não revelam o abuso, se não quando na idade adulta. O estudo tem como objetivo, por meio de uma ampla pesquisa bibliográfica, objetivou utilizar o uso do Brincar através do modelo lúdico como uma ferramenta na intervenção terapêutica ocupacional com crianças vítimas de violência sexual, para uma desconstrução dos traumas e desmistificação da temática. Conclui-se que através deste estudo o ato de brincar se apresenta, assim, como um importante recurso de compreensão do mundo que o cerca a criança e, do que acontece com a mesma, possibilitando a resolução de conflitos e frustrações. Inicia-se assim um processo de auto-conhecimento, da relação com o outro e com o meio, pontes necessárias de interação com o ambiente em que convive, além de explorar e desenvolver capacidades e habilidades, em geral.
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