RESUMO: Aborda-se a relevância da Teologia da Libertação (TdL) diante dos desa os que a sociedade e a cultura hodiernas apresentam à re exão teológica e à missão da Igreja. A partir do enfoque de alguns aspectos relativos à identidade desta teologia, o autor apresenta o amadurecimento da TdL em seus 45 anos de existência no cenário eclesial e teológico. À guisa de conclusão, vincula-se a re exão sobre a realidade em torno da libertação de formas sutis de opressão rumo à humanização à hermenêutica da libertação em seu prisma soteriológico. A linguagem de esperança perpassa o discurso da TdL.
PALAVRAS CHAVES:Teologia da Libertação. Vaticano II. Pós-modernidade. Humanização.
ABSTRACT:The article deals with the relevance of the Liberation Theology (TdL) when faced with the challenges that contemporary society and culture pose to theological re ection and the mission of the Church. Based on the focus of some aspects related to the identity of this theology, the author presents the progress of TdL in its 45 years of existence in the ecclesiastical and theological scenario. As a conclusion, re ection about the reality of emancipation from subtle forms of oppression, in the direction of humanization, is associated with the hermeneutics of liberation in its soteriological prism. The language of hope permeates the discourse of TdL.
O Sínodo para a Família, convocado pelo Papa Francisco em 2013, ainda no primeiro ano de seu pontificado, trouxe a novidade de se dividir em duas Assembleias Gerais, celebradas em 2014 e 2015. O tema norteador foi “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”. O último sínodo sobre esta temática tinha sido em 1980, cujo fruto foi a Exortação Familiaris Consortio (1981), de João Paulo II. Mais de três décadas depois, viu-se como necessário afrontar a realidade das famílias, em tempo de tantas mudanças, na sociedade e na Igreja (…)
O artigo propõe uma hermenêutica da recepção do Vaticano II pela II Conferência Geral do Episcopado Latino-americano como marco teológico e pastoral constitutivo da Tradição eclesial latino-americana e do Caribe. Desde então, mas considerando todo o caminho feito pela Igreja no tempo precedente, ela toma uma feição própria que a caracteriza, teológico e pastoralmente, a partir da inspiração evangélica fundamental: a opção pelos pobres. Todo o corpo eclesial poderá desempenhar a missão em múltiplas frentes de evangelização, em vista da humanização de homens e mulheres e da própria história. Um dos fundamentos e meio para se atualizar e prosseguir o itinerário eclesial que vem de Medellín é a ação educativa a partir do sinal dos tempos “emergência educativa”, a qual se apresenta como desafio e oportunidade para que a Igreja siga contribuindo com a humanização.
A modernidade centro-europeia que atinge o Novo Mundo no início do século XVI se estabelece nesse território como colonialidade. Para consolidar o projeto colonizador desenvolveu um padrão de poder tendo por base duas noções: “ideia de raça” e de “América Latina”, que foram instrumentos de submissão dos habitantes nativos. Os conceitos e a cosmovisão que difundiram se alicerçavam nessas noções marcadas pelo preconceito e discriminação, uma total negação da alteridade. A teologia veiculada pelos agentes do colonialismo, em geral, contribui para a consecução dos objetivos colonialistas. No século XX, na América Latina, a Teologia da Libertação se constitui em fator de transformação dessa situação. Trata-se de um pensar teológico libertador, ainda que com marcas da modernidade. Assim, Teologia latino-americana da libertação representa uma proposta, um passo para a decolonialidade da teologia, que necessita assumir mais plenamente a realidade local em sua ampla diversidade.
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