No contexto do estilo de vida, jovens que vivenciam o processo de transição entre o ensino médio e o superior tornam-se mais vulneráveis a mudanças, como consequência de seus questionamentos sobre valores, crenças e atitudes instituídos pela família. O estudo objetivou determinar e associar aspectos biológicos, demográficos e econômicos com o estilo de vida de estudantes brasileiros e internacionais recém-ingressos em uma universidade de cunho internacional. Trata-se de estudo exploratório, descritivo e quantitativo, conduzido com estudantes brasileiros e internacionais iniciando o 1º semestre dos cursos de graduação. Após aplicação do Terno de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), foi preenchido um questionário, contendo perguntas relacionadas a aspectos biológicos, demográficos e econômicos e estilo de vida. Os dados obtidos foram devidamente analisados. Dos 131 universitários, 62,6% eram do sexo masculino, 77,1% eram brasileiros e 16,0% eram guineenses. Do total de participantes, 70,0% dos universitários internacionais e 43,6% dos brasileiros praticavam atividade física. Uma grande parcela dos estudantes internacionais jogava futebol e 29,5% dos estudantes brasileiros faziam musculação. A maioria dos pesquisados não fumava. Dos participantes, 63,4% dos universitários brasileiros e 50,0% dos internacionais não tinham esse hábito. Houve uma associação significativa entre ser universitário brasileiro maior de 18 anos e não praticar atividade. Conclui-se que a maior prevalência de estudantes brasileiros e guineenses, jovens e solteiros foi acompanhada por um estilo de vida adequado, especialmente entre os estudantes internacionais. Entretanto, entre os brasileiros maiores de 18 anos, a prática de atividade física foi insatisfatória. Palavras-chave: Universidades. Estilo de vida. Estudantes.
Introdução: Durante a gestação, alterações fisiológicas, hormonais, psicológicas e comportamentais podem repercutir sobre a saúde bucal da mãe, interferindo na saúde do bebê. Objetivo: Caracterizar o conhecimento de gestantes sobre diferentes aspectos da saúde bucal, acompanhadas pela Enfermagem. Materiais e métodos: Estudo descritivo, prospectivo e quantitativo, realizado com 32 gestantes atendidas em uma Unidade Básica de Saúde da Família de um município cearense. Os dados foram analisados, interpretados e descritos. Resultados: A população foi composta, em sua maioria, por gestantes maiores de idade, casadas, com escolaridade variando entre ensino fundamental incompleto e superior completo, e renda de até três salários mínimos. Das participantes, 68,7% desconheciam as doenças que atingem a cavidade oral, e todas utilizavam escova e creme dental. Quanto aos meios preventivos, 75% das gestantes indicaram escovação e uso do fio dental e 43,7% mencionaram busca pelo cirurgião-dentista. Do total, 53,1% apresentavam sangramento gengival na escovação e 59,4% já tinham participado de ações de Educação em Saúde, realizadas especialmente pelo odontólogo. No tocante à relação gravidez, saúde bucal materna e saúde do bebê, a maioria das gestantes era consciente. Práticas corretas de higiene oral do bebê foram apontadas por 90% das pesquisadas, 68,7% mencionaram a erupção do primeiro dente como momento ideal de levar o bebê à primeira consulta odontológica, e 87,5% apresentavam dieta cariogênica. Conclusões: A maioria das gestantes desconhecia as doenças que atingem a cavidade oral, mas sabiam como evitá-las. Elas eram conscientes da relação entre gravidez, saúde oral materna e saúde do bebê.
The objective of this study is to characterize, relate and compare bio-sociodemographic and economic aspects, hygiene perception, habits and behaviors in the oral health of students recently admitted to an international university. This is a descriptive and quantitative study conducted with 101 Brazilian and non-Brazilian academics. For that purpose, a questionnaire was applied. The data were analyzed and submitted to Fisher’s exact test and Chi-square test. Male and Brazilian students predominated, followed by Guineans. Regarding the perception about oral health, 50.5% of Brazilian academics and 63.3% of non-Brazilian students considered it regular. Of the total participants, more than half of Brazilian and non-Brazilian students brushed their teeth 3 times a day. About dental floss, 98% of Brazilians know it and 76% of non-Brazilian didn’t use it. There was a significant association between the students with age lower than or equal to 18 years and the search for dental care, as well as income above one minimum wage and demand for this type of care. There were similarities and discrepancies between the behavior of Brazilian and non-Brazilian academics. Factors such as age lower than or equal to 18 years and income above one minimum wage positively influenced the search for dental care.
Objetivo: Investigar a importância da saúde bucal e a frequência e os meios utilizados na higienização da cavidade oral, assim como o conhecimento e as condutas de universitários frente às doenças bucais. Método: Estudo descritivo e qualitativo desenvolvido com universitários de diferentes nacionalidades. Os dados foram coletados pela aplicação de questionário. Resultados: Para os participantes, a importância da saúde bucal estava vinculada à prevenção de doenças, à estética, à autoestima e à saúde geral. Quanto à frequência e aos meios utilizados na escovação, todos higienizavam a cavidade oral diariamente e a maioria utilizava escova e creme dental. Eles associavam as doenças orais à dor, ao sangramento, aos problemas dentários e à falta de escovação. Além do dentista, buscavam o médico e o enfermeiro para resolução de problemas odontológicos. Conclusão: Apesar de reconhecerem a importância da saúde oral, o conhecimento dos universitários sobre as patologias bucais foi escasso e muito limitado.
RESUMO A Síndrome de Down é uma condição genética humana caracterizada por alteração do cromossomo 21. Na cavidade oral, a Síndrome pode desencadear desde problemas estruturais a alterações dentárias e periodontais, com repercussão sistêmica. O estudo objetivou fazer um levantamento bibliográfico das manifestações orais que acometem as crianças com Síndrome de Down. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada entre os meses de setembro a dezembro de 2019. A partir da pergunta norteadora, foi feita a busca da literatura nas bases de dados Web of Science, LILACS, SciELO e CINAHL. Dos 7 artigos inclusos, 3, 6 e 4 foram publicados em 2019, na área odontológica e na base de dados CINAHL, respectivamente. Observou-se uma divergência entre os autores em relação à incidência de cárie em crianças com a Síndrome. Os estudos apresentaram uma maior contagem de S. mutans na saliva de crianças com a Síndrome e com cárie, maior prevalência de problemas oclusais e erosão dentária. Na saliva, as publicações mostraram menor capacidade antioxidante total e maior nível de ácido siálico, cloreto e cálcio entre as crianças com a Síndrome. Conclui-se que, embora parte dos artigos incluídos nessa revisão tenham sido publicados recentemente e, especialmente, em base de dados direcionada à Enfermagem, eles foram mais limitados à área odontológica. Sobre as manifestações orais das crianças com Síndrome de Down, a revisão apontou cárie, problemas oclusais e erosão dentária. Apesar de ter sido evidenciada a presença de um importante microrganismo no processo carioso e de alterações iônicas na saliva dessas crianças, as publicações mostraram uma menor vulnerabilidade ao desenvolvimento de lesões cariosas pelo aumento de cálcio salivar.
Objetivo: o estudo objetivou investigar os hábitos, oconhecimento sobre higiene oral e o comportamentoem saúde bucal bem como o acesso aos serviços odontológicosde estudantes brasileiros e principalmenteestudantes africanos, recém-ingressos à universidade.Sujeitos e método: trata-se de estudo exploratório, descritivo,transversal e quantitativo, conduzido em universidadepública brasileira. Após assinatura do termode consentimento livre e esclarecido, foi aplicado umquestionário aos acadêmicos. Os dados foram tabuladose analisados. Resultados: entre os brasileiros, 90%escovavam os dentes no mínimo 3 vezes ao dia, 50%não utilizavam fio dental, 55% não faziam uso de colutório,e 80% higienizavam a língua. Entre os estrangeiros,55% escovavam 2 vezes ao dia, 85% não usavamfio dental, 80% não utilizavam colutório, e 65%higienizavam a língua. Todos os brasileiros conheciamfio dental e colutório, enquanto que 70% dos acadêmicosestrangeiros sabiam o que era fio dental, e 60%desconheciam o que era colutório. Observou-se umaassociação entre ser estudante estrangeiro e não utilizarfio dental. Dos participantes, 95% dos brasileiros e 50%dos estrangeiros já tinham buscado atendimento odontológico.Sobre a autopercepção de higiene bucal, 95%dos brasileiros e 60% dos estrangeiros consideravam-naboa. Constatou-se ainda uma relação entre ser acadêmicorecém-ingresso e ter uma boa percepção de higieneoral sem utilizar fio dental. Conclusão: concluiu-se quehá diferenças entre hábitos, conhecimento e comportamentoem saúde bucal de acadêmicos de acordo com anacionalidade. A pesquisa contribuiu para caracterização,comparação e relação de importantes variáveis emsaúde bucal nos contextos universitário e étnico.Palavras-chave: Acesso aos serviços de saúde. Estudantes.Hábitos. Saúde bucal. Saúde da população negra.
Objetivo: Caracterizar, comparar e associar o perfil sociodemográfico e econômico, bem como o comportamento sexual e o conhecimento e presença de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) entre universitários brasileiros e estrangeiros recém-ingressos a uma universidade pública. Métodos: Pesquisa exploratória, descritiva e quantitativa, conduzida com 131 estudantes. Resultados: Houve o predomínio de participantes do sexo masculino, brasileiros e guineenses, solteiros, com parceria eventual e renda familiar de até um salário mínimo. Mais da metade dos participantes brasileiros e estrangeiros tinha iniciado a vida sexual antes dos 18 anos e tinha tido, no mínimo, 2 parceiros. A maior parte dos estudantes sabia o conceito de IST e não tinha contraído qualquer uma delas. Foi observada associação entre ser estrangeiro, ter tido a 1ª relação sexual e conhecer IST. Conclusão: Percebe-se que a realidade dos universitários estrangeiros se assemelha à realidade dos brasileiros, sendo ambos vulneráveis às IST.
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