A análise do desenvolvimento da teoria quântica na Alemanha a partir do final da Primeira Guerra Mundial é a tarefa empreendida por Paul Forman em A Cultura de Weimar, a Causalidade e a Teoria Quântica, 1918-1927. A partir da apresentação das ideias básicas de Forman, procura-se apreciar e analisar no presente ensaio sua repercussão e desdobramentos críticos em torno de suas teses.
Neste artigo procura-se apresentar e discutir algumas noções de ciência e cientificidade e suas relações com outras áreas do conhecimento. Essas relações podem ser de dominação, separação ou diálogo. Diversos autores tem procurado construir pontes entre as diversas ciências ou entre estas e o que se chama de não-ciência.
Em 2008, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela improcedência da Ação Direta de Inconstitucionalidade, sobre o art. 4º da Lei de Biossegurança e a consequente aprovação do uso de células tronco embrionárias (CTE) no Brasil. Diante disso, as pesquisas com células tronco embrionárias foram autorizadas, gerando assim enormes expectativas a respeito da descoberta e do desenvolvimento de novas terapias, a fim de curar e/ou auxiliar no tratamento de diversas doenças. Passados mais de dez anos, este trabalho busca analisar os votos proferidos pelos juízes da Corte, a fim de identificar quais fatores foram mais preponderantes na escolha de tais decisões e em quais etapas encontram-se as pesquisas com células tronco embrionárias no Brasil. Nota-se, através das discussões feitas em audiência pública, pela mídia e votação no plenário do STF, que a ideia de progresso, do utilitarismo, do imediatismo e a confiança na ciência foram determinantes na aprovação da nova Lei. Apesar do aumento de recursos aplicados posteriormente, as promessas terapêuticas iniciais ainda não foram estabelecidas, as pesquisas realizadas são, na maioria, experimentais. As células tronco embrionárias foram, em boa parte, substituídas por células adultas reprogramadas e as dificuldades técnicas de isolamento, manutenção e diferenciação in vitro destas células somam-se como barreiras a serem ainda transpostas.
Neste texto procura-se discutir o papel da ciência na história e algumas das suas implicações na sociedade contemporânea, em particular nos efeitos de usos das chamadas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), resultantes, elas mesmas, de aplicações do desenvolvimento da ciência. Embora distante do centro onde se deu o que a historiografia consagrou chamar de Revolução Científica, o Brasil participou, de alguma forma, desse processo e criou instituições de ensino e pesquisa científica e tecnológica, algumas seculares e ainda atuantes. A despeito disso, a ciência e o conhecimento em geral enfrentam problemas relativos à sua disseminação, acesso ou democratização, quando não de negação por parte de certos setores da população, como se tem visto no país e em outras partes do mundo. Ciência, técnica e tecnologia são elementos da cultura e se desenvolvem em interação com outras variáveis do processo histórico, como as econômicas, sociais, políticas, religiosas, ideológicas, etc.
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