Muitos Copepoda (Crustacea:Entomostraca) são ectoparasitas de peixes, suas infestações podem interferir no desenvolvimento, sanidade e aparência de espécies de interesse econômico, dificultando a comercialização. Este trabalho foi desenvolvido na Base de Piscicultura da Universidade Federal de Pernambuco, Ilha de Itamaracá, Pernambuco, (7o 46’S-34o 52’W e 7°47’S-34°54’W), no período de fevereiro de 1993 a janeiro de 1994, cujo objetivo foi identificar copépodos parasitas de peixes da família Mugilidae. Em um cultivo extensivo, consorciado com centropomídeos, foram cultivados 350 espécimes de Mugil curema, Mugil liza e Mugil trichodon, espécies importantes na pesca e aqüicultura da região. Mensalmente dez peixes foram coletados e examinados para a obtenção, preparação e identificação dos copépodos parasitas. Verificou-se durante cultivo que 63,3% dos peixes encontravam-se infestados, destacando-se M. curema com 80,2% dos espécimes parasitados. Foram identificadas sete espécies de copépodos parasitas: Acanthocolax sp, Ergasilus atafonensis, Ergasilus lizae, Ergasilus caraguatatubensis, Caligus minimus, Caligus praetextus, Lernaeenicus longiventris. Destacaram-se os copépodos Ergasilidae como freqüentes e abundantes nas amostras. Acanthocolax sp, Caligus minimus e Caligus praetextus são registradas pela primeira vez para o Brasil. Embora a ocorrência de tais parasitas tenha sido representativa nos mugilídeos, a ausência dos sinais de morbi-mortalidade sugere que o parasitismo não interferiu negativamente no cultivo durante o período de estudo. Palavras chave: Copepoda, Ictioparasitologia, Mugilidae, Aqüicultura