Este artigo propõe uma metodologia para avaliar o grau de apropriação da outorga onerosa do direito de construir (OODC) pelas administrações municipais, a partir da leitura de seus planos diretores. A OODC é um instrumento urbanístico que foi regulamentado em nível nacional pelo Estatuto da Cidade em 2001 e incluído em grande parte dos planos diretores desenvolvidos a partir daí. Sua concepção é bastante complexa e sua aplicação depende de uma capacidade técnica diferenciada. Daí, a forma como a OODC é colocada no texto do plano diretor fornece indícios de como aquela administração pretende (ou não) aplicar o instrumento em seu território. Infere-se que o instrumento que tenha sido apenas citado ou pouco especificado nessa regulamentação provavelmente não será utilizado, ou terá sua aplicabilidade muito comprometida. A metodologia proposta consiste na análise dos textos legais a partir de seis grupos de critérios. Foram elaboradas questões específicas para cada grupo, as respostas foram valoradas (1 ou 0) e os números obtidos foram trabalhados de uma forma específica para cada agrupamento de critérios. A combinação das notas obtidas por grupo fornece um índice por cidade. Esse índice assume um valor entre zero e um: quanto mais perto de um, maior o detalhamento do instrumento e mais apto está o município a aplicá-lo e vice-versa. Essa metodologia foi aplicada em 159 planos diretores de municípios do Estado de São Paulo. Os resultados mostram que, de modo geral, os municípios paulistas, apesar de contarem com a OODC em seus planos diretores, não se apropriaram desse novo instrumento urbanístico. Isto é, o instrumento permanece para grande parte das administrações municipais como um enigma a ser desvendado. Palavras-chave: outorga onerosa do direito de construir, instrumento urbanístico, administração municipal.
Os desafios profissionais contemporâneos nos campos das engenharias têm demandado novas habilidades em lidar com a forma, tanto nos meios de representação tradicionais e como nos meios digitais, dos quais, o lápis e papel e os aplicativos de auxílio ao projeto são coexistentes e complementares. A modelagem de objetos tem que ser precisa, antecipando erros para evitar desperdícios. A correção antecipada desses erros em sua fase projetual é, sem dúvida, fundamentada no conhecimento da geometria descritiva. Do ponto de vista das habilidades interpessoais, novas demandas têm sido freqüentes, tais como cooperação, colaboração, interatividade, entre outras. Portanto, esse artigo discute as experiências do ensino da geometria descritiva nos cursos de engenharia civil e engenharia mecânica da Universidade Federal de Pernambuco. O estudo faz uso de metodologias ativas de ensino e aprendizagem para a aquisição de visualização espacial que estimulam a colaboração para aprender a aprender num cenário de constantes inovações. Os estudantes utilizaram ferramentas tradicionais de desenho (lápis e papel) e ferramentas digitais (AutoCAD e SketchUp) aplicadas na resolução de problemas. A inovação refere-se ao uso de metodologias ativas para a apreensão de conteúdos e habilidades colaborativas. Os estudos apresentados demonstram que os estudantes assumiram papeis ativos na aquisição do conhecimento, interagindo e colaborando com diferentes grupos de trabalho.
O reconhecimento dos aglomerados produtivos no processo de crescimento econômico é um tema que vem sendo estudado na literatura de economia regional nos últimos anos. O problema da pesquisa, materializado neste estudo, consiste em identificar e analisar as aglomerações produtivas no setor de produtos minerais não metálicos no estado do Rio Grande do Norte. O objetivo principal deste estudo é identificar e analisar a evolução das aglomerações produtivas do setor da indústria de produtos não metálicos no estado do Rio Grande do Norte nos anos 1990, 2000 e 2010. Realizou-se uma revisão bibliográfica que deu suporte à pesquisa, e um levantamento de dados secundários, que deram suporte ao cálculo do índice de Hoover e foram obtidos a partir da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Uma vez coletados os dados da RAIS, foi preciso buscar a classificação de Subsetores segundo a classificação do IBGE, mais especificamente aos 15 subsetores que compõem o setor industrial. Os resultados mostraram que no ano de 1990 a 2010 surgiram, 44 novas aglomerações.
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