Filipe Campello arbeitet in diesem Buch eine an Hegel anschließende Auffassung der menschlichen Natur für die Skizzierung einer Theorie der Institutionen heraus. Er betrachtet das Verhältnis zwischen Natur und Institutionen in doppelter Weise: Eine deskriptive Perspektive bezieht sich auf die Rolle der Gefühle und Affekte innerhalb sozialer Praktiken. Eine zweite, normative Perspektive untersucht den Beitrag dieser Verständnisweise zu einer Theorie der Institutionen, wenn sie sich nicht nur auf strikt vernünftige und kalkulierende Subjekte bezieht, sondern auch auf deren sozial vermittelte, »zweite Natur« - etwa auf Triebe, Neigungen und Leidenschaften. Es zeigt sich, dass Hegels Sittlichkeitstheorie nicht nur eine historische und immanente Sozialontologie darstellt, sondern auch ein Resultat seiner Kritik an verfälschten Formen sozial orientierter Gefühle ist.
O presente artigo discute a teoria hegeliana da sociedade civil dentro de um quadro atual, tendo em vista principalmente a tensão entre paixões e interesses encontrada no modelo econômico-político do capitalismo. Esse argumento será desenvolvido em dois momentos. Primeiramente, apresento a contribuição teórica de Hegel a esse debate a partir da concepção de que as paixões se ligam a um conteúdo “particular”, que somente são concebidas como “racionais” através de um processo de formação específico. Eu procuro mostrar que Hegel liga essa expressão individual de preferências e o preenchimento de interesses pessoais através de uma formação da vontade institucionalmente mediada, através da qual os padrões de ação e de fins individuais são compreendidos enquanto formas inclusivas. Em um segundo momento, proponho que um quadro institucional deve promover as garantias de uma satisfação recíproca de interesses individuais, que, ao mesmo tempo, não sejam concebidos externamente aos participantes no mercado e no trabalho, mas que sejam fundamentadas a partir de uma legítimo sentimento de pertencimento social. Concluo com a proposta de uma “solidariedade institucionalizada”, que deve ser complementar à contingência do sentimento individual: essas esferas só são legitimadas normativamente quando elas – segundo o padrão da vontade livre – expressa, por um lado, o reconhecimento recíproco e a satisfação de preferências individuais, e, por outro, interesses descentrados em vista das relações sociais.
This article seeks to explore the meaning of emotional content in a transnational public sphere, in particular with regard to the concept of solidarity. The main normative question that the author discusses here is how far it is possible – if it’s the case at all – to move beyond the basic structure of nation-linked patriotic feeling to solidarity as a transnational political emotion. He divides his argument into two steps. First, he analyzes how the concept of constitutional patriotism could be reframed around the contours of post-national contexts. He suggests that Hegel’s concept of patriotism as a political disposition can contribute to a transnational framework. In a second step, the author discusses solidarity as a transnational political emotion, arguing that one should have in view both its formative process and its contingencies in order to understand the institutional and symbolic mediation of affective contents of social praxis.
. Agradeço a Caroline Marim os comentários a uma versão anterior deste trabalho.Resumo: Ao longo das últimas duas décadas, a amplamente repercutida proposta teórica desenvolvida por Axel Honneth sugere um modelo de racionalidade que, contudo, permanece em larga medida ainda implícito. No presente artigo, proponho que a abordagem de Honneth sugere o que podemos entender como uma virada afetiva na teoria crítica. Para tanto, desdobro minha exposição em quatro passos. Primeiramente, apresento como a categoria do reconhecimento, a partir do sentido adotado por Honneth de uma "transcendência-imanência" da teoria social, mostra-se como uma crítica aos padrões de racionalidade (1). Isto é, como esse sentido constitui-se a partir dos limites de articulação comunicativos do sofrimento, em um particular entrecruzamento entre padrões de racionalidade e patologias sociais. Em um segundo passo, discuto como uma abordagem do vínculo entre afetos e teoria social é desdobrado em Luta por reconhecimento (2), e, em seguida, como ela se distingue do sentido de conteúdos afetivos das práxis sociais em O direito da liberdade (3). Se, em Luta por reconhecimento, uma concepção de afetos parece ser mais clara a partir do vínculo desenvolvido entre teoria social e teoria da subjetividade, procurarei mostrar que, em O direito da liberdade esse conteúdo afetivo se apresenta de maneira mais plausível no âmbito de uma teoria das instituições, dissociada de fortes premissas antropológicas. Concluo mencionando de forma ainda programática como o potencial de crítica e conflito, presenteAxel Honneth e a virada afetiva na teoria crítica Axel Honneth and the affective turn in critical theoryAxel Honneth y el giro afectivo en la teoria critica
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