OBJETIVO: Avaliar os fatores de técnica utilizados durante exames de tórax póstero-anterior em pacientes-padrão e correlacioná-los aos valores de kerma no ar na superfície de entrada e à qualidade das imagens clínicas. MATERIAIS E MÉTODOS: O estudo foi realizado em três hospitais do Rio de Janeiro, num total de cinco salas de raios X, com dez pacientes por sala. As imagens foram avaliadas pelos radiologistas dos serviços segundo o protocolo europeu. O kerma no ar na superfície de entrada foi estimado a partir da curva de rendimento do equipamento de raios X, que foi obtida utilizando câmara de ionização acoplada a um eletrômetro. Análise de variância foi realizada para verificar se a diferença entre os valores de kerma no ar na superfície de entrada é significativa. RESULTADOS: Os valores de kerma no ar na superfície de entrada variaram entre 0,05 e 0,26 mGy, com média 60% inferior ao nível de referência publicado na Portaria 453. Das imagens avaliadas, 98% atenderam acima de 65% dos critérios de qualidade. CONCLUSÃO: Para um padrão de qualidade da imagem, aceitável para o diagnóstico, verificou-se ampla variação do kerma no ar na superfície de entrada para pacientes-padrão. Isto demonstra a falta de padronização dos fatores de técnica e a existência de um potencial de redução do valor do kerma no ar na superfície de entrada.
A Camada Semi-Redutora (CSR) é um parâmetro usado no Controle de Qualidade (CQ), para avaliar a qualidade do feixe de raios X. A CSR pode ser medido através da medição da atenuação do feixe primário de raios X utilizando placas de espessura conhecida de 99% de pureza de alumínio (M1) ou ajustando a melhor curva (M2) ou por dosímetro multiuso (detector de estado sólido) (M3). O M1 desgasta mais o tubo de raios X e requer muito tempo de aquisição e processamento de dados, porém é o método padrão recomendado pelo Manual de Segurança Radiológica. O último método (M3) é prático e não é influenciado pela mudança abrupta do espectro de transmissão dos raios X, pois não requer o uso de placas de alumínio. Os equipamentos utilizados para medir a radiação foram os dosímetros NOMEX, Cobia Smart, UNFORS XI e Câmara de Ionização Radcal.As fontes utilizadas foram: raios X móveis, raios X fixo e dois mamógrafos diferentes. Os resultados mostraram que a maior variação percentual foi de 15,6% entre M1 e M3 para mamógrafos com filtro/alvo W/Rh. Para os raios X convencionais, cuja combinação alvo/filtro é W/Al, a maior variação foi de 3,3% entre M1 e M3. Assim, os resultados mostram que a estimativa de CSR pode ser realizada por qualquer um dos três métodos ou equipamentos, desde que a combinação alvo/filtro seja W/Al. Para combinações alvo/filtro diferentes de W/Al, as variações percentuais aumentam consideravelmente e não recomendamos o uso de M1 para este tipo de medição.
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