O presente artigo apresenta o tema da violência em duas perspectivas filosóficas: a de Slavoj Žižek e a de Walter Benjamin. Essas duas perspectivas compartilham a ideia de que a violência não é apenas um epifenômeno da sociedade na modernidade, mas seu elemento estrutural. Isso significa que, tanto para Žižek como para Benjamin, a violência é o fundamento do direito e do campo simbólico que garante a pseudoestabilidade da ordem social. Mas se a violência consiste na essência da ordem legal e institucional da sociedade moderna, então é preciso, para não cair num niilismo profundo, promover uma diferença interna à própria ideia de violência. Nesse sentido, a violência pode se tornar tanto um sistema de opressão quando articulada com o direito, como pode ser igualmente um elemento revolucionário, quando pensada como destituição dessa mesma ordem à qual ela serve. Nesse caso, a proposta de Žižek e Benjamin é promover uma crítica imanente ao conceito de violência possibilitando, assim, sair do círculo vicioso ao qual esta foi encerrada quando submetida ao sistema de normas e leis formais que caracterizam o sistema jurídico das sociedades modernas. Para isso, apresentamos primeiramente a concepção de violência em Žižek, logo em seguida, a concepção de violência em Benjamin, e por fim a leitura de Žižek sobre a análise benjaminiana de violência.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
hi@scite.ai
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.