a reflexão sobre o método no interior da geografia pode ser feita, dentre as inúmeras possibilidades existentes, a partir da atualização de contribuições dispersas nas diversas ciências e na filosofia, além do resgate de proposições de teóricos da própria geografia, ou, ainda, com base em estudos, recorrentemente chamados de “empíricos, sobre um ou mais aspectos da dinâmica territorial (os sistemas técnicos e a integração do território, as novas dinâmicas urbanas, o papel da informação, as implicações territoriais das políticas públicas, todos estes são exemplos de temas de estudos atuais da ciência geográfica) – exercício que frequentemente se faz no âmbito da produção de uma tese, dissertação ou monografia. Problematizamos as possibilidades de encaminhar essas duas perspectivas de maneira não só paralela, mas, também, complementar. Para isso, o texto aborda, sucintamente, a importância da Metageografia na perspectiva de Milton Santos para uma correta condução metodológica da ciência geográfica. Advoga-se neste trabalho que o método envolve operações complexas e que, por assim ser, sua construção e utilização exigem uma filosofia da Geografia. Para tanto, nos baseamos no pressuposto defendido por Armando Corrêia da Silva (1980; 2000) para quem, dentro da totalidade social, a Geografia deve ser considerada uma subtotalidade. Mediante a breve reflexão ora apresentada pretende-se contribuir para o debate acerca do método geográfico.
No Brasil, os programas de transferência de renda passou de um debate de cunho sobretudo teórico, na década de 1970, para questões relativas à implantação ou avaliação de experiências concretas nos anos 1990, chegando o país a ter uma das principais experiências do mundo nesse tipo de política: o Programa Bolsa Família (PBF) (Brasil, 2003). Esse processo indica profundas mudanças nas formas político-institucionais de conceber e agir sobre a pobreza, que, portanto, deve ser compreendida a partir da dinâmica de cada período. Vista no seu funcionamento, a política do Bolsa Família renova a dinâmica do território, tornando mais complexa a apreensão das formas de reprodução da pobreza nos lugares. Propomos tratar essa política por meio da teoria geográfica como um evento. Procuramos identificar, de um lado, os principais condicionantes que moldaram a política brasileira de transferência de renda e, de outro, novas dimensões da reprodução da pobreza em lugares onde o evento se concretiza a partir de situações do interior do estado de Alagoas.
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