Resumo O artigo analisa mudanças na abordagem médica do envelhecimento e as implicações dessas transformações na forma como esse processo é vivenciado por pacientes. A pesquisa apresenta uma análise de controvérsias no contexto da organização da medicina anti-aging no Brasil. A discussão aborda o processo de medicalização do envelhecimento a partir das controvérsias sobre o papel da biomedicina na conjuntura do aumento da expectativa de vida. O texto se concentra na relação entre autoridade médica e a condução individual do processo de envelhecer, considerando o paradigma do envelhecimento ativo. A análise destaca a estratégia da medicina anti-aging de constituir uma abordagem de estilo de vida que reorganiza a relação médico/paciente concentrando-se na interação e no protagonismo dos pacientes como vantagem em um contexto institucional desfavorável.
O artigo tem a proposta de pensar a percepção do tempo por meio atrav do envelhecimento. O objetivo é analisar a articulação entre o envelhecimento, como processo físico, e os diferentes modos de mensuração e periodização do tempo. A análise é realizada sob a perspectiva anti-aging, cuja emergência evidencia controvérsias da compreensão do envelhecimento como fenômeno. Considerando a preeminência da idade cronológica nas sociedades modernas ocidentais, destacam-se as transformações da concepção do ciclo de vida pela separação e distinção entre o envelhecimento biológico e o envelhecimento cronológico, promovidas pela abordagem anti-aging.
Este artigo tem o objetivo de analisar a noção de pessoa no processo de envelhecimento. Por meio de um estudo sobre as controvérsias do desenvolvimento da Medicina Anti-aging no Brasil, o artigo explora as mudanças nas representações sobre o envelhecimento, considerando as transformações da abordagem médico-científica e a emergência do conceito de “envelhecimento ativo” como paradigma. A análise destaca as perspectivas divergentes sobre o envelhecimento observadas na pesquisa realizada com médicos praticantes da Medicina Anti-aging e médicos opositores, representantes do Conselho Federal de Medicina (CFM). O texto tem como foco a relação entre a dimensão físico-biológica de envelhecer e a constituição moral da pessoa ao longo do ciclo de vida, ressaltando o conflito entre o declínio físico presumido e a noção de pessoa ocidental constituída na modernidade.
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