<p><strong>Introdução:</strong> no Brasil, a utilização de fitoterápicos e plantas medicinais é uma prática amplamente difundida, todavia, o consumo destes compostos em associação com medicamentos alopáticos caracteriza um risco à saúde devido potenciais interações medicamentosas e seus efeitos. <strong>Objetivo: </strong>analisar as potenciais interações envolvendo fitoterápicos e plantas medicinais com medicamentos alopáticos na população de Rondonópolis, MT. <strong>Metodologia:</strong> trata-se de um estudo transversal de base populacional com 370 participantes. Os dados foram coletados em visitas domiciliares com um instrumento estruturado e padronizado. Para identificar as potenciais interações foi utilizada a base de dados Medscape® e literatura nacional e internacional. <strong>Resultados:</strong> 131 (35, 40%) indivíduos informaram consumir plantas medicinais e ou fitoterápicos concomitante a medicamentos alopáticos. A interação entre fitoterápicos e medicamentos alopáticos mais frequente foi entre <em>Passiflora incarnata</em><em> </em>e cinarizina, para plantas medicinais foi entre hortelã e sinvastatina. As consequências mais prevalentes decorrente das interações foram intensificação da depressão do Sistema Nervoso Central, aumento da anticoagulação e risco de hipoglicemia. <strong>Conclusão: </strong>os dados analisados no presente estudo possibilitaram identificar potenciais interações existentes entre medicamentos alopáticos e plantas medicinais/fitoterápicos na população de Rondonópolis-MT e apontam para a necessidade de se estimular o uso racional da fitoterapia no âmbito da saúde pública.</p>
Objective To evaluate quality of life and associated factors in patients with leprosy. Methods A cross-sectional study with 63 people diagnosed as leprosy, seen at a reference service for the disease in the southeastern region of Mato Grosso, Brazil. The questionnaire World Health Organization Quality of Life Bref was used to evaluate quality of life. Simple and multiple linear regressions evaluated the association between sociodemographic variables and quality of life domains. Results The highest mean of quality of life was observed in the psychological domain (16.28±2.30), and the lowest in the environmental domain (13.86±2.21). Females, individuals with no partners, and people who owned their own house had the lowest quality of life means within the psychological domain. People who did not receive visits by Community Health Workers had the lowest means in quality of life within the environmental domain. Multivariate analysis revealed that the best quality of life was associated to self-reported white skin color within the environmental domain, and the worst quality of life was associated to less schooling within the physical domain. Conclusion This study showed the influence of sociodemographic factors on the quality of life of patients with leprosy, and indicated the need for comprehensive health care, considering the social determinants of health.
O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de uso das Práticas Integrativas Complementares (PICs) e os fatores associados a esta prática entre idosos de um município do sul de Mato Grosso. Trata-se de um estudo transversal de base populacional, realizado com idosos de um município da região Centro-oeste do Brasil. Participaram do estudo 115 idosos. Os dados foram coletados nos domicílios dos idosos por meio de questionário semiestruturado. Foi utilizado um modelo de regressão logística múltipla. O uso de PICs foi relatado por 57,39% (n= 66) dos idosos e foi significativamente superior entre as mulheres (RP = 1,18; IC95% 1,18 – 1.19). A PIC mais utilizada foi plantas medicinais (63,44%). Conclui-se que os idosos utilizam as PICs, sobretudo na forma de fitoterapia, e que esta prática está associada ao gênero feminino. Os resultados indicam a necessidade de ampliação e diversificação das PICs a fim de contribuir para um atendimento integral à população.
Objetivo: determinar a prevalência e os fatores associados ao uso de plantas medicinais no Município de Rondonópolis, estado de Mato Grosso. Método: trata-se de um estudo de base populacional com 370 indivíduos. Os dados foram coletados em visitas domiciliares por meio de um questionário semiestruturado e padronizado. Foi aplicado um modelo de regressão logística para análise multivariada, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados: a prevalência de uso de plantas medicinais na população estudada foi de 42,70% (n=158), sendo esta prática associada à idade acima de 60 anos (OR=1,41; IC95% 1,07-1,85) e diagnóstico de doença crônica (OR= 1,36; IC95% 1,03-1,79). As mulheres apresentaram menores prevalências de consumo de plantas medicinais (p=0,0141). As espécies vegetais mais utilizadas foram Erva-Cidreira, Hortelã e Boldo. As plantas forma consumidas preferencialmente na forma de chá. Conclusão: os resultados indicam a necessidade de adoção de ações educativas que busquem sensibilizar e conscientizar a população sobre os riscos do uso indiscriminado de plantas medicinais.
Introdução: A pandemia da COVID-19 trouxe consigo a emergência de uma doença infecciosa que afeta especificamente o aparelho respiratório, que varia de quadros leves a graves, principalmente em indivíduos portadores de comorbidades pré-existentes. O objetivo deste estudo foi caracterizar as comorbidades em mato-grossenses hospitalizados com COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo observacional, ecológico e com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada diretamente no sistema de informação da vigilância epidemiológica, cujos dados foram duplamente tabulados e realizada análise descritiva das variáveis estudadas. Resultados: Predominou neste estudo população composta por homens (61,29%), idosos (59,14%), autodeclarados pardos (52,69%), que eram usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) (65,59%). Entre os pacientes internados, 76,34% relataram ser portadores de comorbidades pré-existentes à internação, sendo as mais prevalentes Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), Diabetes Melittus (DM) e doenças renais. Discussão: Verificou-se que o fator idade e sexo influenciam na incidência de casos novos da doença, e que possuir comorbidades é fator de risco para desenvolvimento de complicações e casos graves da doença. A grande prevalência de comorbidades influencia no aumento de hospitalizações por COVID-19 o que tende a sobrecarregar o sistema de saúde, bem como o desfecho clínico dos pacientes hospitalizados. Este estudo permite o conhecimento do perfil de saúde e das vulnerabilidades vivenciadas por esta população, bem como favorece a intervenção efetiva na promoção de saúde e prevenção de agravos relacionados à incidência da COVID-19 concomitante às condições crônicas de saúde.
As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) se inserem no modelo assistencial holístico estabelecendo o equilíbrio entre ciência, tecnologia e humanização, assim, promovem a melhoria da qualidade de vida dos usuários, podendo reduzir a farmaco-dependência. Este estudo teve como objetivo avaliar o consumo de medicamentos em indivíduos que utilizam PICs. Trata-se de um estudo de base populacional realizado no município de Rondonópolis, MT. A amostragem foi realizada em múltiplos estágios, estratificada e por conglomerados. Foram incluídos na pesquisa 177 indivíduos que utilizavam alguma PIC. A média de medicamentos consumidos por entrevistado foi usada como indicador da intensidade e as diferenças entre as médias de consumo foram comparadas por meio do teste de Kruskal Wallis. A prevalência de consumo de medicamentos entre usuários de PICs foi de 79,66%. O consumo médio de medicamentos na população estudada foi de 2,13 (DP: 2,31), sendo significativamente superior em idosos, indivíduos que possuíam até 8 anos de estudo, que não trabalhavam, que buscaram o serviço de urgência no último ano e os que possuíam plano de saúde. Os medicamentos que atuam no sistema cardiovascular foram os mais consumidos. Os usuários de PICs apresentaram uma alta prevalência uso de medicamentos. É de grande importância que pesquisas e ações de educação em saúde visando a promoção de um consumo consciente de medicamentos sejam realizadas e implementadas entre os usuários de PICs.
Introduction. The pandemic has generated challenges which impact the mental health of the population, including postgraduate healthcare students. Objective. To evaluate the factors associated with depression in postgraduate healthcare students during the COVID-19 pandemic. Method. This is a cross-sectional study with postgraduate healthcare students, with a sample of 117 participants. The data were collected through an online form, between September and November 2021, using semi-structured questionnaires with sociodemographic information and information regarding participants’ mental health, as defined by the DSM-5 Scale, where the depression domain was considered a variable for this study. The variables were tested using the Poisson multiple regression model with robust variance in the bivariate analysis between the dependent and independent variables (95% CI). Results. In the bivariate analysis, there was an association between depression and not having a partner, also a low monthly income, studying for a master’s or professional doctorate and having an employment relationship parallel to the postgraduate course. Regarding the mental health of the participants, the following factors were associated with depression: anger, mania, anxiety, somatic symptoms, suicidal ideation, mental disorder, memory, repetitive thinking, dissociation, personality functioning, and substance use (p () .05). In the multiple analysis, it was found that mania, anxiety, and dissociation remained statistically associated with depression (p () .05). Discussion and conclusion. Factors associated with depression in this population raise the importance of mental health promotion interventions for postgraduate healthcare students, who seek help both through mental health services and through their universities.
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