Objetivo: estimar o uso e a necessidade de prótese dentária em indivíduos de 50 a 74 anos de idade, residentes em três Distritos Sanitários do Município de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, Brasil, em 2008. Métodos: foi realizado um estudo transversal; os dados foram coletados por meio de entrevista domiciliar e exame clínico. Resultados: em 720 indivíduos, 63,7% usavam algum tipo de prótese superior e 30,0% usavam prótese inferior; mulheres usavam prótese superior e inferior com maior frequência; indivíduos com idade entre 60 e 74 anos fizeram maior uso de próteses, sendo a prótese total a mais usada; entre as categorias de renda, a prótese total superior foi a mais utilizada pelos indivíduos que recebiam menos de 1 salário mínimo. Conclusão: a prevalência do uso e necessidade de prótese foi elevada; a prótese mais usada na arcada superior foi a total, enquanto na arcada inferior foi a parcial removível.Palavras-chave: saúde bucal; epidemiologia; estudos transversais; inquéritos de saúde bucal; prótese dentária.
Este estudo analisa a produção científica nacional em relação à educação e trabalho interprofissional no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS). Foi realizado estudo bibliométrico na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), utilizando como descritores controlados os termos: Relações interprofissionais, Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família e como descritores não controlados: Educação Interprofissional, Prática Interprofissional. Esses descritores foram combinados e acrescidos do operador boleano “AND” para a realização da busca na base de dados. Como critérios de inclusão, as publicações deveriam ser artigos, dissertações, teses e ensaios em português, inglês ou espanhol sobre a temática analisada no período de 2010 a 2017. Foram analisadas 19 publicações (14 artigos, 3 dissertações e 2 teses). O vínculo da maioria dos primeiros autores foi com instituições públicas de ensino superior (n=18), destacando-se a Região Sudeste (n=9). Seis publicações apresentaram fonte de financiamento. Em relação aos artigos analisados, a publicação em periódicos da área de Saúde Pública foi mais frequente (n=9). Das 19 publicações, 17 realizaram pesquisas de campo, sendo uma revisão de literatura e um relato de experiência. Os participantes mais citados foram os profissionais da Estratégia Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família, de 13 diferentes núcleos profissionais. Os estudos mais referidos foram os de abordagem qualitativa (n=16). A técnica de coleta de dados mais utilizada foi a associação de técnicas (n=7). As temáticas mais frequentes relacionaram educação e trabalho interprofissional na Estratégia Saúde da Família e do Núcleo de Apoio à Saúde da Família e às experiências de educação interprofissional voltadas para o ensino na saúde (n=6). Esta análise bibliométrica mostrou que o tema da interprofissionalidade no contexto da APS apresenta um número discreto de publicações na literatura publicada no Brasil. Novas pesquisas com foco na interprofissionalidade são recomendadas.
Objetivos: analisar a associação entre a autopercepção e a necessidade clínica de tratamento ortodôntico e investigar a relação entre a necessidade de tratamento ortodôntico e o impacto nas atividades diárias comer, sorrir e falar, em adolescentes. Sujeitos e método: estudo transversal com 1.630 escolares com idade entre 15 e 19 anos, de 36 municípios do estado do Rio Grande do Sul. Os instrumentos utilizados para determinar a necessidade de tratamento ortodôntico foram o Índice de Estética Dental (DAI) e o Componente Estético (AC) do Índice de Necessidade de Tratamento Ortodôntico (IOTN). Os dados foram analisados com o programa SPSS 21.0, utilizando-se os testes Qui-Quadrado de Pearson ou Qui-Quadrado de tendência linear e a regressão de Poisson. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: observou-se associação positiva entre o IOTN e o DAI. A proporção de sujeitos que perceberam a necessidade de tratamento ortodôntico aumentou com a recomendação feita pelo dentista. Entretanto, a maioria dos adolescentes entrevistados não percebia necessidade de tratamento ortodôntico. Após o ajuste, observou-se associação entre a maloclusão e o desempenho da atividade diária sorrir (RP = 2,03) e o sexo dos escolares (RP = 1,28). Também se observou associação entre o sexo dos adolescentes (RP = 1,23), a escolaridade do pai (RP = 1,21) e o impacto na atividade comer. A atividade diária de falar estava associada com a escolaridade do pai (RP = 2,11). Conclusão: existe associação entre a autopercepção de tratamento ortodôntico e a necessidade clínica. A maloclusão impacta a atividade sorrir entre os adolescentes, entretanto, o mesmo não ocorre com as atividades comer e falar.
O risco na sociedade hipermoderna surge como um desestabilizador do contexto normativo e desafia o Sistema do Direito a tomar decisões e propor alternativas para problemas que não mais podem ser analisados localmente ou no tempo presente, de maneira reducionista e isolada. Neste sentido, a proposta do artigo é realizar um diálogo com a Teoria da Complexidade alicerçada nos fundamentos epistemológicos de Edgar Morin e de Niklas Luhmann, apresentando-a como uma teoria mais sofisticada para o Sistema do Direito compreender a complexidade dos riscos da intervenção humana nos ecossistemas. Utiliza-se o método sistêmico-construtivista para explicar os ecossistemas como sistemas complexos, vivos, auto-organizados. Além dos imensuráveis benefícios das novas tecnologias, elas também são portadoras de riscos intergeracionais, transterritoriais e transtemporais pela capacidade de destruição e pelo deslocamento das relações no tempo e no espaço, criando um ambiente de instabilidade e incerteza crescente. Esses novos desafios passam a exigir que o Sistema do Direito opere ancorado na lógica da complexidade para dar conta da dialógica entre a ordem, desordem e organização. Neste sentido, reconhece-se que o paradigma da complexidade possibilita uma evolução metodológica em relação aos paradigmas dominantes ao encarar o risco como uma nova racionalidade para tomadas de decisões jurídicas.
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