INTRODUÇÃO: Na medicina, técnicas cada vez menos invasivas são desenvolvidas para o tratamento de doenças. A gastroplastia endoscópica é uma nova alternativa terapêutica da obesidade, antes tratada basicamente por medicamentos e bypass gástrico (NETO, 2018). Esse procedimento ocorre sem a realização de cortes, diminuindo as complicações operatórias (HUBERTY, 2018). O estômago, então, tem seu volume reduzido através da aplicação do sistema de sutura endoscópica OverStitch, sendo de extrema importância o conhecimento anatômico do segmento gastroesofágico (SOWIER, 2018). OBJETIVO: Apresentar a técnica da GEV e compará-la com o bypass gástrico realizado por via laparoscópica, abordando a importância de conhecer-se a anatomia gástrica para a realização da gastroplastia. METODOLOGIA: Consistiu na revisão bibliográfica das principais bases de dados virtuais, como SciElo e PubMed. DISCUSSÃO E RESULTADOS: A GEV, utilizando o sistema de sutura endoscópica OverStitch, objetiva a redução da luz gástrica por meio da sua tubulização; acoplado a um endoscópio, permite a realização de pontos totais com a utilização de uma agulha curva e fio de polipropoleno 2-0. O primeiro ponto é dado ao nível da incisura angular, sendo realizados pontos em “U” na ordem: parede anterior -> grande curvatura -> parede posterior, com repetição em sentido contrário, sendo todo o procedimento realizado em 2h (NETO, 2018). Nota-se que, diferentemente da técnica do bypass gástrico, não ocorre nenhuma alteração anatômica irreversível na cavidade gástrica, permitindo reintervenção para alcançar resultados duradouros (NAVA, 2016). Vale ressaltar que é de extrema importância que o cirurgião conheça bem a anatomia interna do estômago, uma vez que a cirurgia é realizada por essa via. CONCLUSÃO: A GEV é, atualmente, a alternativa mais segura dentre outras cirurgias bariátricas. Em comparação ao bypass gástrico, essa nova cirurgia é menos invasiva, com curto tempo de procedimento, o que diminui riscos no pós-operatório, sendo possível tratar a obesidade de um modo mais seguro e rápido, além de realizar uma alteração anatômica reversível no estômago.
Introdução A transmissão do vírus SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de COVID-19, ocorre, principalmente, a partir de gotículas respiratórias. Os testes moleculares e sorológicos confirmam o diagnóstico, sendo o ensaio de reação em cadeia da polimerase com transcrição reversa em tempo real (RT-PCR) a técnica de escolha, haja vista que o exame sorológico apresenta menor sensibilidade. A procura pela realização dos testes se deve a inúmeros fatores, tais como confirmação diagnóstica, triagem e vigilância epidemiológica. Este estudo teve como objetivo verificar as justificativas para a realização do exame RT-PCR para COVID-19, em Belo Horizonte e Região Metropolitana, avaliando quanto à frequência de solicitação (testes diagnósticos, testes de vigilância epidemiológica e testes de triagem). Método estudo transversal retrospectivo, descritivo e quantitativo com dados coletados dos pedidos de exame, em um laboratório particular, de pacientes que realizaram o teste RT-PCR para SARS-CoV-2. Para avaliar associações entre variáveis categóricas foi utilizado o teste Qui-Quadrado e o teste Exato de Fischer. Os pacientes responderam a um questionário seguindo as recomendações do Centers of Disease Control and Prevention. Resultados Foram avaliados 605 pacientes, entre abril e outubro de 2020, sendo 338 (55,9%) mulheres. A idade média dos participantes foi de 39 anos. Metade dos pacientes avaliados (303) apresentavam sintomatologia clínica compatível com COVID-19. 96% dos participantes não haviam realizado viagem para região com alto índice de contaminação, 51,4% relataram não ter tido contato com paciente infectado e 83,3% não haviam comparecido a nenhuma unidade de saúde nos 14 dias anteriores à realização do teste diagnóstico. Nenhum participante realizou o teste como medida de vigilância epidemiológica, com o objetivo de identificar pontos quentes de transmissão, de controlar a infecção e analisar as características da doença. Conclusão Conclui-se que as justificativas para realização do RT-PCR para Sars-Cov-2 não apresentaram grandes variações entre os meses de Abril e Outubro/2020 em Belo Horizonte, mesmo com o estabelecimento de decretos por parte da Prefeitura de fechamento e reabertura de atividades com potencial de aglomeração de pessoas. É importante destacar também que não houveram medidas de vigilância epidemiológica e rastreio entre a população local.
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