Objetivo: Analisar a associação entre ultrafiltração e gravidade de pacientes diagnosticados com lesão renal aguda com complicações clínicas decorrentes da hemodiálise. Método: Estudo transversal realizado num hospital universitário do Sul do Brasil. Foram incluídas todas as fichas diárias de sessões de hemodiálise de pacientes com lesão renal aguda submetidos à hemodiálise entre setembro e novembro de 2017. Para obtenção dos dados, elaborou-se um instrumento de coleta. Adotou-se nível de significância inferior a 5%. Resultados: Os 103 pacientes estudados fizeram um total de 519 sessões de hemodiálise. Prevaleceram pacientes do sexo masculino (66,7%) com 60 anos ou mais (51,5%). Cerca de metade dos pacientes apresentou volume médio de ultrafiltração >1501ml (51,5%). A maioria foi considerada grave (72,8%). Dentre as complicações, a mais prevalente foi a hipotensão (69,9%). A realização de um maior volume de ultrafiltração não se associou às complicações estudadas. Pacientes graves apresentaram maior chance para ocorrência de hipotensão (p<0,001 e OR: 33,73). Conclusão: Hipotensão durante a hemodiálise foi uma complicação frequente, ocorrendo em cerca de metade dos pacientes. Como não esteve associada a volumes maiores de ultrafiltração, conclui-se que, possivelmente, a maior gravidade do paciente seja um fator explicativo para o desenvolvimento dessa complicação.
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