No século XVIII, uma festa de casamento chamou a atenção dos membros do tribunal da inquisição da cidade do México. O matrimônio ocorreu em uma residência onde "muitas pessoas de ambos os sexos e todas as classes sociais participaram da celebração festejando, dançando e bebendo".1 Segundo uma testemunha, Juan Antonio López, um homem de 38 anos, o casório foi celebrado por um padre legítimo, que seguiu, passo a passo, o protocolo católico. Após questionar os noivos sobre juramentos e obrigações da vida a dois, o pontífice os decretou marido e mulher "em nome do Pai, da Mãe e do Filho". Após a cerimônia, os noivos foram conduzidos ao leito matrimonial, enquanto a festa se desenrolava com pompa.Essa seria uma história banal, se não fosse por um detalhe: os noivos eram cachorros. As autoridades eclesiásticas consideraram o casório canino uma heresia. O fato levou o padre Basterrechea a ficar detido por semanas na prisão secreta da inquisição mexicana e, mais tarde, a desculpar-se publicamente por ter cometido uma blasfêmia. Segundo Zeb Tortorici, casamentos, batizados e funerais de animais de estimação não eram raros no México dos anos 1700. Traziam à tona o lugar deles na elite da sociedade mexicana.Essa é uma das histórias contadas no livro sob apreço, uma coletânea de textos cujo ponto de partida foi o painel Animals, Colonialism, and the Atlantic Word, realizado durante o
Este artigo traça uma história dos projetos de conservação de espécies da fauna no Brasil: projetos pioneiros iniciados pela Fundação Brasileira para a Conservação da Natureza (FBCN), entre 1966 e 1972; consolidação e surgimento de novos projetos de 1973 a 1988; e crescimento do número de projetos, de 1989 até o presente. Trata da cooperação da FBCN com o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), com a Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA), e com organizações não governamentais (ONGs) internacionais para o desenvolvimento dos projetos de conservação da fauna. A conclusão mostra a importância dos projetos de conservação da fauna para o desenvolvimento de uma consciência ampla sobre a perda da biodiversidade.
Gabriela Cabral Rezende. Mico-leão-preto: a história de sucesso na conservação de uma espécieameaçada. São Paulo: Matrix, 2014. 176 p. ISBN: 978-85-8230-109-8.
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