O envelhecimento populacional brasileiro é uma realidade e provoca novas demandas na área da saúde do idoso. Nesse contexto, saúde não significa mais a ausência de doenças e, sim, a manutenção da capacidade funcional. Objetivos: verificar o grau de independência funcional de idosos residentes em uma área adscrita da vila do IAPI (Instituto de Assistência e Previdência dos Industriários) em Porto Alegre e correlacionar o grau de independência funcional com variáveis socioeconômicas e de saúde. Métodos: trata-se de um estudo transversal de base populacional, no qual os dados foram obtidos através de visitas domiciliares. A capacidade funcional foi avaliada com a Escala de Katz, o Índice de Lawton e o nível de atividade física pelo IPAQ versão 6. Os dados foram analisados pelo SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) versão 17.0 por meio de análises bivariada e multivariada pela Regressão de Poisson hierárquica. Resultados: foram entrevistados 401 idosos e os fatores associados à independência funcional foram: ocupação (RP = 1,18), idade (RP =0,97), ser ativo ou muito ativo fisicamente (IPAQ) (RP = 6,86) e participar de grupos de apoio (RP = 1,21). A depressão associou-se negativamente com a independência funcional (RP = 0,77). Conclusões: os resultados permitiram identificar o comportamento da capacidade funcional entre os idosos avaliados, sendo a maioria destes classificados como independentes. Faz-se importante salientar que a manutenção da capacidade funcional deve ser estimulada através de políticas públicas de promoção da saúde física e mental, redes de apoio social e participação ativa nos vários segmentos da sociedade
O crescimento da população idosa vem motivando mudanças nos modelos assistenciais buscando incorporar a identificação, avaliação e tratamento de idosos com perfis mórbidos e funcionais variados. O objetivo do artigo foi identificar o Risco de Internação Hospitalar (RIH) em idosos do município de Porto Alegre. O estudo foi do tipo transversal quantitativo descritivo, por meio da aplicação de questionário de triagem de RIH previamente validado. A amostra foi composta por 80 idosos com idade de 65 anos ou mais, residentes em dois setores censitários na área adscrita de uma Unidade Básica de Saúde. Calculou-se o RIH através de análise de regressão logística sendo classificado em estratos baixo, médio, médio-alto e alto. Identificou-se maior prevalência dos estratos de RIH baixo 47,5% (n = 38) e médio 20% (n = 16). Os resultados desta pesquisa indicam a necessidade de integrar a prevenção de agravo e promoção de saúde no planejamento em saúde a fim de atingir a assistência adequada ao idoso.
RESUMO O crescimento da população idosa exige reorganização política, econômica e social, em especial na área da saúde, devido ao impacto sobre esta. A avaliação da Probabilidade de Internação Hospitalar (PIH) é usada como indicador da condição de saúde do idoso. Entretanto, variáveis de capacidade física (CF) ainda não foram associadas com a PIH. Analisou-se a associação entre CF e a PIH de idosos. O estudo realizado foi epidemiológico, transversal e analítico. A seleção da amostra ocorreu de forma aleatória em uma das Equipes de Saúde da Família no bairro Passo d’Areia, no município de Porto Alegre, sendo avaliados 317 idosos com idade ≥ 65 anos. A CF foi avaliada por testes de força de membros superiores e inferiores, flexibilidade e equilíbrio. A PIH foi avaliada pelo instrumento de triagem rápida de Boult. Para análise estatística, a PIH foi ajustada em dois grupos: baixa-média e média alta-alta (MAA) e realizada a análise multivariada de regressão de Poisson. O nível de significância adotado foi de p ≤ 0,05. Nos resultados encontrados, as variáveis físicas que permaneceram associadas à PIH-MAA foram a força de membros inferiores (RP = 1,78; IC 95% = 1,04 - 3,04) e flexibilidade (RP = 2,13; IC 95% = 1,28 - 3,56). Houve associação negativa entre os baixos níveis de força de membro inferior e de flexibilidade com PIH-MAA. A prevalência da PIH-MAA entre indivíduos com força alterada para membros inferiores foi 78% maior em relação àqueles com força normal e 113% entre aqueles com alteração de flexibilidade.
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