OBJETIVO: Verificar a sensibilidade do protocolo italiano Modern Singing Handicap Index - MSHI, traduzido e culturalmente adaptado para o Português Brasileiro como Índice de Desvantagem para o Canto Moderno - IDCM, comparando os escores de coralistas amadores com e sem queixas vocais e de indivíduos não-cantores, de acordo com gênero, classificação vocal e atividades de canto. MÉTODOS: Duzentos e vinte e seis indivíduos adultos, com idades entre 16 e 66 anos, foram distribuídos em três grupos: 58 cantores com queixas vocais - CCQ; 112 cantores sem queixas vocais - CSQ e 56 indivíduos não cantores e sem queixas vocais - GNC. Os cantores foram selecionados em cinco coros universitários de música popular brasileira, a capella, regidos pelo mesmo maestro. Os indivíduos não cantores foram recrutados nas mesmas instituições dos cantores, com características demográficas semelhantes. Os indivíduos preencheram individualmente o IDCM, questionário com 30 itens divididos em três subescalas: incapacidade (domínio funcional), desvantagem (domínio emocional) e defeito (domínio orgânico). Os cantores também realizaram uma auto-avaliação de suas atividades de canto. RESULTADOS: A média dos escores do IDCM do CCQ (26,91) foi maior que a do o CSQ (16,61), e ambas maiores que a do GNC (7,79). Para os três grupos, a subescala defeito apresentou as maiores médias de escores, seguida por incapacidade e desvantagem. Não houve diferenças dos escores em relação ao gênero, classificação vocal e atividades de canto. CONCLUSÃO: O protocolo mostrou-se sensível para cantores modernos com problemas de voz. Coralistas com queixas vocais apresentaram maior desvantagem auto-relatada em relação aos sem queixas e não cantores. Aspectos de natureza orgânica destacaram-se com maiores desvios.
OBJETIVO: Apresentar a equivalência cultural da versão brasileira da Voice Symptom Scale - VoiSS. MÉTODOS: O questionário foi traduzido para a língua portuguesa por duas fonoaudiólogas brasileiras bilíngues, cientes do objetivo da pesquisa. A retrotradução foi efetuada por uma terceira fonoaudióloga brasileira, bilíngue e professora de inglês, não participante da etapa anterior. Após comparação das traduções, produziu-se uma única versão denominada Escala de Sintomas Vocais - ESV, que foi aplicado a 15 indivíduos com queixa vocal. O critério de inclusão foi presença de disfonia, independentemente do grau ou tipo. A cada questão foi acrescentada a opção "não aplicável" na chave de resposta. RESULTADOS: No processo de tradução e adaptação cultural não houve modificação e/ou eliminação de nenhuma das questões. A ESV reflete a versão original do inglês, com 30 questões, sendo 15 referentes ao domínio limitação (funcionalidade), oito ao domínio emocional (efeito psicológico) e sete ao domínio físico (sintomas orgânicos). CONCLUSÃO: Houve equivalência cultural da VoiSS para o Português Brasileiro na versão intitulada ESV. A validação da ESV está em fase de conclusão.
The aim of this research was to verify whether the difference of singing styles and the presence of vocal complaints influence the perception of voice handicap of singers. One hundred eighteen singing voice handicap self-assessment protocols were selected: 17 popular singers with vocal complaints, 42 popular singers without complaints, 17 classic singers with complaints, and 42 classic singers without complaints. The groups were similar regarding age, gender and voice types. Both protocols used--Modern Singing Handicap Index (MSHI) and Classical Singing Handicap Index (CSHI)--have specific questions to their respective singing styles, and consist of 30 items equally divided into three subscales: disability (functional domain), handicap (emotional domain) and impairment (organic domain), answered according to the frequency of occurrence. Each subscale has a maximum of 40 points, and the total score is 120 points. The higher the score, the higher the singing voice handicap perceived. For statistical analysis, we used the ANOVA test, with 5% of significance. Classical and popular singers referred higher impairment, followed by disability and handicap. However, the degree of this perception varied according to the singing style and the presence of vocal complaints. The classical singers with vocal complaints showed higher voice handicap than popular singers with vocal complaints, while the classic singers without complaints reported lower handicap than popular singers without complaints. This evidences that classical singers have higher perception of their own voice, and that vocal disturbances in this group may cause greater voice handicap when compared to popular singers.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.