Contextualização: Desalinhamentos pélvicos, como a inclinação lateral, ocasionam diferentes disfunções e queixas de dor. Na literatura, são apontados diversos fatores associados à inclinação lateral da pelve, sendo um deles o comprimento da banda iliotibial. Objetivo: Verificar a existência de correlação entre o comprimento da banda iliotibial e o desalinhamento pélvico no plano frontal. Método: Trinta e dois indivíduos (22,5 ± 2,6 anos) de ambos os sexos, assintomáticos, sem diferença no comprimento dos membros inferiores e sem torção pélvica, foram incluídos no estudo. Para a medida do comprimento da banda iliotibial, utilizou-se o teste de Ober modificado, um nível pélvico e um inclinômetro e, para determinar o desalinhamento pélvico no plano frontal, foram utilizadas medidas de estruturas pélvicas obtidas por um antropômetro com o indivíduo posicionado em um instrumento de suporte de padronização. O Coeficiente de correlação de Pearson foi utilizado para investigar a associação entre as variáveis analisadas: o desalinhamento pélvico no plano frontal, determinado pela diferença da altura da espinha ilíaca ântero-superior mais elevada menos a altura da mais baixa e o comprimento da banda iliotibial, determinado pela diferença entre o comprimento da banda iliotibial correspondente à espinha ilíaca ântero-superior mais elevada menos o comprimento da mesma estrutura correspondente a espinha mais baixa. Resultados: Não foi encontrada correlação estatisticamente significativa entre as variáveis analisadas (r=0,12, p=0,53). Conclusão: Os achados do presente estudo indicam que o comprimento da banda iliotibial, isoladamente, parece não influenciar o alinhamento pélvico no plano frontal. Entretanto, outros fatores podem estar envolvidos e precisam ser identificados.
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