Nos últimos anos, vêm-se fomentando uma série de estudos preliminares (Pinto, F. E. M., 2008(Pinto, F. E. M., , 2009, no campo da Psicologia Básica, no sentido de elaborar uma compreensão de sujeito psicológico, que seja entendido pela interligação complexa de diversas dimensões psíquicas. A cognição e a afetividade são dimensões que tendem a influenciarem significativamente os relacionamentos afetivo-sociais. Para essa concepção, o ser humano não é apenas um ser racional, que constrói relações lógicas entre a sua realidade externa e interna, tampouco um ser apenas emotivo, com seus inúmeros sentimentos e estados de ânimo. Mas, a somatória dinâmica dessas duas dimensões; porquanto, um ser cognitivo-afetivo. Nessa suposição teórica, especialmente na área clínico-hospitalar, sugere-se a elaboração de um instrumental sintético de avaliação psicológica (TRZEPACK, P. T.; BAKER, R. W.,2001).Pretende-se auxiliar os profissionais da saúde mental na elucidação e na evolução do quadro clínico do paciente. Para a produção do mesmo, optou-se por descrever três aspectos multidimensionais do sujeito psicológico, que abrangem a cognição, a afetividade e os relacionamentos afetivo-sociais. Explicando melhor os três descritores, pelo termo cognição, entendese a dimensão psíquica referente aos processos do pensamento e de seus correlatos. Todo o processo envolvido no ato de pensar, julgar ou raciocinar, representado por categorias como a percepção e a memória, por exemplo.Nesse sentido, uma pessoa ao usar a sua dimensão cognitiva está descrevendo o quê, de que forma e como pensa. Por afetividade, por sua vez, entende-se o conjunto de emoções e sentimentos.Emoção significa as infinitas alterações que acontecem no corpo, quando se está surpreso, apaixonado ou com raiva de alguém.
O coração tem razões que a própria razão desconhece. Essa frase, proferida por Pascal Blaise (1623-1662) há centenas de anos, resume bem o valor da temática dos afetos no estudo do ser humano: o mundo do coração é que controla todas as volições humanas, tem suas leis próprias que para qualquer mortal é de difícil compreensão. Dessa forma, as emoções, os sentimentos e os afetos podem ser definidos como um capítulo à parte do estudo da psique, ora pela importância devida do tema no âmbito da Psicologia Básica, em ensaios teóricos e estudos empíricos clás-sicos e atuais, ora na compreensão acerca das particularidades do ser humano que os fazem amar e até mesmo odiar.Partindo dessas reflexões iniciais, o livro Humor e alegria na educação, cuja organização fica a cargo de Valéria Amorim Arantes, docente da Universidade de São Paulo (USP), busca reunir uma série de pesquisadores conceituados na área acadêmica para a discussão da afetividade, mais precisamente do humor e da alegria. O livro está disposto em nove capítulos, cada qual incorporando uma leitura psicológica e educacional.No primeiro capítulo, que se chama Poesia e escola, Joan Fortuny discute a importância do conhecimento poético no ambiente escolar, sinalizando que esse tipo de linguagem permite ao aluno a elaboração de sua experiência pessoal, de modo a conhecer os estados de ânimo e o que eles têm a ver com as experiências mais íntimas (a saber: subjetivas) nos relacionamentos humanos. Portanto, a poesia, através de
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