Resumo: O objetivo do presente artigo é analisar a importância do Apoio a Projetos de Infraestrutura e Serviços em Territórios (Proinf) no financiamento recente da estrutura de produção econômica da agricultura familiar de territórios rurais do Nordeste. A proposta é avaliar projetos que atuam através de ações de inclusão produtiva e de gestão social, a fim de garantir a dinamização econômica dos territórios. A metodologia foi definida pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT), e a pesquisa de campo realizada utilizando o questionário de Avaliação de Projetos de Investimento (Q5). Assim sendo, cada projeto foi visitado e 18 questionários foram aplicados junto aos membros dos colegiados territoriais de seis projetos avaliados e monitorados. Como resultado, percebeu-se que poucos projetos foram implantados, especialmente de agroindústrias familiares. Contatou-se também que nenhum destes funciona. Esse resultado alerta para a urgência do ajuste do arranjo institucional nos territórios e da busca pela superação das fragilidades nas estruturas de gestão e de produção econômica da agricultura familiar, principalmente nos territórios Açu-Mossoró e Sertão do Apodi (RN).
Diante da transição do regime alimentar em direção a um modelo mais sustentável, que busca harmonizar a produção e distribuição, tem-se observado o surgimento de experiências locais que propõem formas alternativas de distribuir os alimentos. Sendo assim, este estudo tem por objetivo compreender a formação das Redes Alimentares Alternativas, analisando o caso da Central de Comercialização da Agricultura Familiar e Economia Solidária no Rio Grande do Norte. As fontes utilizadas foram: documentos e entrevistas semiestruturadas com agricultores, consumidores e a gestora da organização. A partir dessas informações, foi possível descrever a atuação da CECAFES no ano de 2017. A experiência, apesar de recente, apresenta impactos positivos para os produtores. Foi possível constatar que esses conseguiram romper com a dependência em relação ao atravessador; os produtores são conduzidos a fornecer produtos mais confiáveis, com o objetivo de atender a demanda do seu consumidor; esses agricultores gozam de maior independência financeira, dado que eles recebem maior parte do dinheiro no curto prazo. No entanto, apesar do êxito da Central, ainda são muitos os desafios, tais como a falta de políticas públicas que potencializem a experiência; problemas relacionados a sazonalidade dos produtos; o consumidor ainda não é devidamente consciente; bem como há a ausência de campanhas com o objetivo de incentivar o consumo de produtos oriundos da agricultura familiar.
Palavras-chaves: Redes alimentares alternativas. CECAFES. Agricultores. Consumidores.
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