O objetivo deste estudo bibliográfico é compreender como o Serviço Social tem enfrentado o processo de revisão da formação profissional ofertada para o trabalho em saúde. Inicia pela compreensão do que vem a ser uma profissão em saúde, localizando o Serviço Social e sua vinculação com a área destacando o aspecto formativo. Dessa forma, verifica que é legítima a configuração do Serviço Social como profissão em saúde, tanto do ponto de vista conceitual como do ponto de vista prático, evidenciado pela vinculação histórica da profissão e por sua utilidade social nos serviços de saúde. Ainda, aponta para os desafios da atuação profissional no contexto conflituoso da política de saúde brasileira e suas implicações na formação profissional.
O estudo tematiza a conjuntura pandêmica que impôs alterações significativas nos modos de vida e trabalho do conjunto de trabalhadores, não estando os assistentes sociais isentos disso, principalmente por muitos estarem na linha de frente em ações de assistência, prevenção e controle da doença, e objetiva problematizar os impactos da pandemia Covid-19 para o trabalho do assistente social em seus diversos espaços sócio-ocupacionais. Optamos pela abordagem qualitativa com uso de recursos quantitativos, com instrumento de coleta de dados questionário eletrônico, enviado por e-mail aos sujeitos informantes. Nosso universo foi composto por 201 assistentes sociais das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste), em exercício no contexto de pandemia. Imersos em uma crise nacional multifacetada, esses trabalhadores tiveram impactos significativos em suas condições de trabalho, nas relações com as instituições e com suas famílias, bem como em sua saúde mental. Isso aponta para os custos históricos do desfinanciamento das políticas sociais no país; para a precarização de uma força de trabalho especializada, bem como para o paradoxo de que, mesmo fragilizado, os brasileiros precisam cada vez mais de um sistema de proteção sólido, reafirmando os obstáculos entre a expectativa social e a realidade operacional das políticas sociais.
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