Introdução: O Sistema Nacional de Transplantes está inserido no SUS, refletindo as desigualdades regionais. A relação do índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM) com a doação de órgãos é pouco conhecida. Objetivo: Analisar o IDHM com os doadores efetivos de órgãos no ano de 2019. Método: Análise do banco de dados da Central Estadual de Transplantes do Paraná e do Registro Brasileiro de Transplantes do ano de 2019. Resultados: O IDHM médio é de 0,749 + 0,04. A média de doações efetivas foi de 13,01+12,21 por milhão de população (pmp). Os estados considerados de IDHM médio (14,81%) tiveram média de 2,45 +1 ,64 doações efetivas/pmp; de IDHM alto (74,07%) 12,71+10,58 e de IDHM muito alto (11,11%) 29,13+16,06, com diferença significativa entre os grupos (p 0,01). A correlação linear negativa é observada nos estados de IDHM médio e muito alto, positiva nos estados de IDHM alto. O número de doações efetivas/pmp cresce 418% na transição da faixa de IDHM médio para alto e 129% na transição de IDHM alto para muito alto. Dentro dos subgrupos de IDHM há diferença significativa das taxas de doadores efetivos/pmp entre os estados (p 0,000), denotando a existência de outros fatores que influenciam as taxas de doação. Santa Catarina e Paraná se destacam na gestão estadual do sistema. Conclusão: O IDHM se relaciona com as taxas de doadores de órgãos efetivos/pmp, porém, não é seu principal fator determinante.
O sistema MELD está sedimentado no Brasil. O aumento do MELD para alocação, a influência de diferentes etiologias e o desequilíbrio na lista, secundários à concessão de situções especiais têm suscitado discussões para modernização do sistema. No Brasil, cada estado é responsável pela organização da captação de órgãos, resultando dm um sistema heterogêneo. Objetivo: Análise do tempo de espera e MELD necessário para transplante, o impacto das diferentes etiologias e concessão de situações especiais no âmbito do estado do Paraná. Método: Análise de 1248 transplantes de fígado adulto entre 2010 e 2018, estratificados conforme a etiologia, MELD e tempo de espera. Resultados: Idade de 52+11,4 anos. Tempo de espera em lista de 112+197 dias. 83,78% dos casos transplantaram em período inferior a seis meses. Situações especiais foram concedidas em 8,25% (n=103) dos casos; não houve Diferença significativa no tempo de espera em lista no grupo com (110+107) e sem (112+197) situação especial. MELD do transplante (19,69+7,86), MELD corrigido (22,24+6,42). Apesar de diferente entre grupos de etiologia, o MELD não apresentou padrão de crescimento com o passar do tempo. A etiologia álcool (27,08%) e infecções virais (23,56%) foram as mais frequentes. 29,75% dos transplantes foram realizados com MELD acima de 75%; não houve modificação das etiologias mais comuns nesse subgrupo. A oferta de órgãos cresceu de 8,9 pmp (2010) para 47,7 pmp (2017). Conclusão: O impacto do progressivo aumento do MELD e tempo de espera em lista, secundários à concessão de situações especiais não são observados na lista de espera no estado do Paraná. Essa discrepância provavelmente é secundária ao contínuo crescimento, de maneira quase paralela ao número de doadores e transplantes realizados.
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