Resumo O objetivo do estudo foi associar a fragilidade com perfil sociodemográfico e cognição de idosos residentes em contexto de alta vulnerabilidade social cadastrados em um Centro de Referência de Assistência Social em um município do interior paulista. Estudo transversal e quantitativo realizado com 48 idosos. Para a coleta de dados utilizou-se entrevista sociodemográfica, Escala de Fragilidade de Edmonton e Montreal Cognitive Assessment. Para a análise dos dados foi empregado teste de Jonckheere-Terpstra, correlação de Spearman e regressão logística (α = 5,0%). Dos 48 entrevistados, 33,4% não eram frágeis, 20,8% se mostraram aparentemente vulneráveis e 45,8% estavam frágeis em algum nível. As mulheres (OR = 4,64) e os de raça não branca (OR = 3,99) tiveram maior chance de apresentar fragilidade. Os domínios com maior influência na determinação da fragilidade foram: cognição, independência e desempenho funcional, estado geral da saúde e humor, embora sexo (p = 0,0373) e raça (p = 0,0284) tenham apresentado associação significativa. Destaca-se que considerar o perfil de fragilidade dos idosos subsidia o desenvolvimento de estratégias específicas de cuidado para este segmento populacional em área vulnerável prevenindo futuras complicações.
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