As reservas extrativistas constituem áreas de domínio público com uso concedido a populações tradicionais, geridas por um Conselho Deliberativo que deve administrar de modo sustentável o uso dos recursos naturais e implantar estruturas voltadas para a melhoria da qualidade de vida das comunidades. Os pescadores da Colônia Z-7 de Rio Formoso, Estado de Pernambuco, escolheram a estratégia de criação de uma reserva extrativista para conservar seus territórios pesqueiros. O objetivo deste estudo é analisar o capital social desses pescadores, na perspectiva do desenvolvimento local. Para isto, foi utilizada a estratégia metodológica de estudo de caso, abrangendo observações de campo e a realização de entrevistas estruturadas. A confiança, a cooperação e a formação de grupos e redes sociais entre os pescadores da Colônia Z-7 se apresentaram como aspectos importantes na análise do capital social. A análise indicou que a política ambiental de criação de reservas extrativistas, em alguma medida, promove o desenvolvimento local por meio do reconhecimento das populações tradicionais como gestores de seus territórios.
O guaiamum, Cardisoma guanhumi Latreille, 1828 (Brachyura: Gecarcinidae), é um crustáceo amplamente capturado por populações tradicionais de pescadores artesanais no nordeste brasileiro. Esse crustáceo foi considerado Criticamente em Perigo (CR) e está no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Como medida de conservação, foi publicada a Portaria Interministerial do Governo Brasileiro que define regras para o uso sustentável e para a recuperação dos estoques do guaiamum. Entretanto, o conteúdo dessa Portaria tende a gerar a institucionalização de conflitos socioambientais na medida em que inviabiliza socioeconomicamente a atividade artesanal da pesca e possibilita o uso de áreas de apicum por grandes empreendimentos. Para subsidiar as discussões sobre a gestão do uso dessa espécie, este trabalho traz informações e análises de algumas publicações sobre o tamanho de captura, assim como o tamanho de primeira maturação, e sugere regionalização nas medidas de manejo para o uso sustentável do guaiamum.
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