Porque quando te não vejo, deixastes de existir.E se se tem saudades do que não existe, Sinto-a em relação a cousa nenhuma; Não é do navio, é de nós, que sentimos saudade. (Alberto Caeiro, O guardador de rebanhos e outros poemas).Uma narrativa sobre o poeta lisboeta Fernando Pessoa, poderia ter início da seguinte forma. "Ele nasceu, trabalhou, morreu." Sem sombra de dúvida tais questões ontológicas repousam e desdobram-se numa miríade infindável de aspectos. Estes são penetrados por mais força quando falamos de uma personalidade ou uma personagem como Pessoa.Curiosa, entretanto, é a evocação da figura de Fernando Pessoa: ela se apresenta de forma não tão poética, uma imagem sem corpo, vaga, fragmentada, lembrando acessórios, como os inesquecíveis óculos, chapéu e bigode. Uma caricatura infantil remetendo não só ao homem como à sua vasta obra.Onde nascera, trabalhara e morrera o soberbo poeta? Isso importa?Fernando Pessoa viveu ou existiu de formas bastante peculiares. Lendo sua obra, bem como a de seus comentadores e biógrafos, fica-se diante de um cosmo complexo pertencente a uma categoria existencial em que as letras têm o poder de arrancar o leitor do tempo e do espaço e lançá-lo a um universo onde orbitam palavras sublimes, prenhes de delicadeza e plenas
Reconheço que os psicólogos inventaram um desagradável nome grego para definir a tendência a ver analogias em toda parte, mas isso de modo algum me assusta, pois sei que hásemelhanças entre todas as coisas, porque tudo é tudo, em todo lugar. (Strindberg, Inferno, 1982, p. 80) Antes de tudo faz-se necessário ressaltar com bastante satisfação que o atual número da revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental (RLPF) celebra um ano da seção "Movimentos Literários", que procura fazer interfaces com outros domínios do saber para enriquecer ainda mais a visão sobre o pathos psíquico nas suas diversas manifestações.Neste artigo, o romance de um autor um tanto desconhecido do público brasileiro será examinado. Trata-se do escritor sueco Hjalmar Söderberg. Escandinavo, nascido em 1869, Söderberg, antes de tornar-se escritor, trabalhou no funcionalismo público de sua cidade natal, Estocolmo. Descontente com o rumo que tomava seu trabalho e sua vida, parte para o jornalismo onde acredita ser possível atribuir um sentido mais autêntico à sua existência. Acreditava que esse novo ofício estaria em consonância com aquilo que mais desejava: ser escritor.Hjalmar Söderberg é um autor a quem não podemos chamar prolífico. Publicou alguns romances, peças de teatro e sua obra mais
O que nos for proibido É o que desejaremos. Geoffrey Chaucer, História da esposa de Bath.
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