O texto analisa a produção acadêmica brasileira que, entre os anos de 2009 e 2018, investigou a temática do currículo para as instituições de Educação Infantil. Nesse período, foram encontrados 10 artigos publicados nas revistas Qualis A1 e A2 do campo educacional – corpus de análise que após ser estudado foi agrupado nas categorias: contributos das crianças para o currículo da Educação Infantil; análises de políticas de currículo em creches e pré-escolas e; revisões teóricas, históricas e ou de literatura. A análise evidenciou que os artigos consideram a organização do currículo por campos de experiência como um arranjo curricular que respeita as especificidades das instituições que compõem a primeira etapa da Educação Básica. Por outro lado, a produção apresenta tensões e dispersões que ressaltam aspectos ainda pouco explorados da organização do currículo para creches e pré-escolas.
Este texto discute a visão das coordenadoras pedagógicas sobre a organização do currículo da Educação Infantil. Partindo das Pedagogias da Infância, bem como das teorias sobre currículo, analisam-se entrevistas semiestruturadas com seis coordenadoras pedagógicas de Turmalina, Minas Gerais. Os diálogos com as coordenadoras evidenciam que, se, por um lado, elas compreendem a criança como centro das práticas pedagógicas e a brincadeira como momento favorável ao desenvolvimento; por outro, apontam que o currículo sugere prescrições quanto às práticas educativas, embora seja uma construção cotidiana de crianças e de professores. Como apontamentos finais, evidencia-se a coordenação pedagógica como elemento essencial na articulação entre o currículo prescrito e o vivido pelas crianças.
Este texto objetiva analisar o processo de constituição profissional das coordenadoras pedagógicas de creches e pré-escolas, a partir das experiências sociais por elas vividas no contexto da Educação Infantil. O artigo ancora-se conceitualmente nas Pedagogias da Infância e da Educação Infantil, articuladas à sociologia da experiência, formulada por François Dubet (1996). Do ponto de vista metodológico, o material empírico foi produzido por meio de análise documental e entrevistas com seis coordenadoras pedagógicas de Turmalina, cidade situada na porção setentrional do estado de Minas Gerais e, consecutivamente, foi submetido à análise de conteúdo. As análises desse material permitiram verificar que elas atuam a partir de diferentes lógicas de ação para se constituírem profissionais, o que incide no processo de construção de suas profissionalidades. O estudo evidencia a emergência de um estatuto epistemológico que defina as funções devidas à coordenação pedagógica de creches e pré-escolas, tendo em vista as especificidades sociopolíticas e pedagógicas da Educação Infantil.
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